VEEEEENHA !!! (FOI-SE)

Para nós, ocidentais, a morte é sempre algo triste, pesar dobrado se morre um humorista, luto decuplicado se o finado é um humorista "das antigas", oriundo do rádio e da TV sem videotape, os verdadeiros detentores do legítimo humor brasileiro. Que morra um ou outro "casseta e planeta" de vez em quando, vá lá, grandes faltas não fazem, ou algum desses chatíssimos stand-ups, a mal-imitar o fraco humor estadunidense, esses podiam morrer todos.
Morreu hoje Mário Tupinambá, o irascível e aperreado Bertoldo Brecha da Escolinha do Professor Raimundo. Em seus justos ataques de indignação, avermelhavam-se-lhe as faces e, em tom de pilhéria, era comparado pelos amigos a um famoso crustáceo; no que respondia de pronto : "Camarão é a mãe!".
Morreu aos 78 anos, de choque cardiogênico. A uma hora dessa, já deve ter chegado ao inferno, onde foi recebido festivamente pelos amigos, Costinha (Seo Mazzarito), Rogério Cardoso (Rolando Lero), Walter D´Ávila (Baltazar da Rocha), Grande Otelo (Seo Eustáquio), Mussum (ele mesmo), Roni Cócegas (Galeão Cumbica), Brandão Filho (Sandoval Quaresma) e outros tantos contra os quais minha memória - sempre injusta - está pecando nesse momento.
Hoje vai ter capítulo especial da "Escolinha do Capeta" lá no inferno. Sorte do capeta.

E zé fini, zé fini.

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