O Cocoricó Virou Bundalelê

Quando meu filho, hoje com 13 anos, era ainda criança, a única programação infantil que eu, tranquilamente, deixava que ele assistisse, sem que eu me desse ao trabalho e à preocupação de, volta e meia, passar pela TV e dar uma supervisionada, era a produção nacional da TV Cultura.
Mesmo o aclamado Discovery Kids, já àquela época, havia aderido ao politicamente correto, às pautas "sociais"; ainda que discretamente, de leve, mandava lá umas lacrações.
Castelo Rá Tim Bum, Cocoricó, X-Tudo, Glub Glub, Bambalalão, no Mundo da Lua, Quintal da Cultura. Produção de qualidade além de internacional. Programas repetidas vezes premiados mundo afora. Sem nenhum tipo de ideologia por detrás (ou, ao menos, que eu conseguisse perceber) capaz de deformar o caráter em formação da criança. Nenhuma ideologia, a não ser a de, simplesmente, ser criança.
Além disso, trabalhava e transmitia bons valores e bons comportamentos à meninada.
Mas tudo muda... E para pior.
O Cocoricó, tristemente, também aderiu à nefanda, insidiosa, subversiva e antibiológica, ideologia de gêneros, comprou (ou se vendeu) a canalhice das pautas "progressistas", o nazifascismo identitário. E, reforço aqui, que não digo de orientação sexual. O homem pode gostar de trepar com outro homem, sem grilo nenhum, mas continua sendo homem. Idem para as meninas do sapato grande, que continuam a ser mulheres. XX e XY, e ponto. O que o homem faz com o seu Y é problema (ou solução) dele, mas é um homem; idem para o que a mulher faz com o duplo X dela.
No vídeo, de um minuto e meio, divulgado pela TV Cultura, Júlio conta, entusiasmado e eufórico, que a professora, Da. Quitéria, chegara com uma novidade na sala de aula - a mestra, também, toda ouriçada. Não haveria, doravante, mais plaquinhas nas portas dos banheiros a diferenciar os sexos. Os banheiros seriam unissex, ou neutros. A notícia foi recebida (no vídeo) com alegria e entusiasmo pela meninada e pela galinha Lilica.
O Cocoricó virou bundalelê!!! É a festa no W.C.!!!
Valha-me São Latino!!!
Vai ser uma putaria só, o Cocoricó daqui em diante. Um bacanal na arca de Noé. Pedofilia e zoofilia explícitas. Todos os personagens do Cocoricó mijando e cagando juntos, todos balangando suas "partes" sem nenhum pudor ou constrangimento.
Tudo junto e misturado : a piroquinha imberbe do Júlio, o pinto murcho do Vô, a ameixa seca e encarquilhada da Vó, as cloacas arregaçadas das galinhas Lilica, Lola e Zazá, a piroca espiral do porquinho Astolfo, o bucetão da vaca Mimosa. Só quero ver quem é que vai ter coragem de mijar ao lado do cavalo Alípio!
Pãããããããta que o pariu!!!
E, no mais, é isso aí! Vamos todos fazer o "L".

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11 Comentários

  1. Por coincidência eu e minha mulher conversamos sobre esse assunto ontem, depois de ir a um supermercado. O politicamente correto sempre foi para mim irritante, tediosa ou equivocadamente correto – e continua sendo, pois na maioria das vezes tenta corrigir “vícios” ou atitudes tomadas em outro contexto ou época ou a ditar novos padrões de conduta que sem pré me parecem censura.
    Esses desenhos, por eu nunca tê-los visto, parece que se enquadram no equívoco. Essa ideia do banheiro sem gênero é uma idiotice sem tamanho, pois não melhora o humor que deveria ser seu foco e transporta para o universo infantil uma preocupação do mundo adulto.
    Minhas netas de três anos são proibidas de ver TV, minhas netas de quatro veem o que querem, pois quando não estão na escolinha ficam o tempo todo na casa da avó materna. Mas o desenho que mais gostam de ver (e colecionar os bonecos) é uma tal de “Patrulha canina”.
    Curiosamente, desde o momento em que manifestaram seu desejo por essa ou aquela roupa, uma sempre quis usar a cor azul ou amarelo e a outra, sempre rosa. Os pais reagem tranquilamente, sem nenhum stress, preocupação ou medo.
    E aí voltamos à conversa do supermercado. O caixa onde passamos as compras era operado por uma travesti ou trans impecavelmente maquiada, cabelos longos naturais, delicada mas seríssima. minha mulher até elogiou os cílios postiços super bem colocados.
    E agora a pergunta: qual é o grilo de alguém que se sente mulher, se comporta como mulher utilizar o banheiro feminino? Para mim, nenhum; para minha mulher, todos. Ela acha que “homem” deve usar banheiro de homem. Eu apenas respondi: “Mas ela não é nem se sente homem!” E a conversa precisou mudar de assunto.
    Mas o desenho do Ratimbum é idiota se pretende levar esse assunto para o mundo infantil – e o motivo é que as crianças pequenas estão pouco se lixando para isso.

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    1. Pois é, é uma questão complicada, ou melhor, uma questão que fizeram ficar complicada, propositalmente.
      Mas como bom feminista que sou, vou ficar do lado da sua mulher, até porque, pelo que você diz, ela é bem mais bonita que você.
      Não sei se a questão se resume a apenas um dos lados, ao cara se sentir uma mulher. E o outro lado, a mulher que está no banheiro (talvez até idosas ou crianças) e vê de forma patente que o cara não é mulher? Os tais do respeito e da tolerância não deveriam ser uma via de mão dupla?
      Sim, há um grande projeto de levar esse tipo de coisa para o mundo infantil. Como diz o ditado, é de pequenino que se torce o pepino. Meu filho é homem, e eu já acharia estranho se a escola dele adotasse tal bizarrice, acho que até ele ficaria constrangido. Imagine, então, se ele fosse uma menina. Imagine as suas netinhas, tão queridas, sapecas e inteligentes?

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    2. Esse é o tipo de discussão de que estou fugindo. Acho uma babaquice essa atitude do pessoal da TV Cultura, sinal de que estudaram pouco e pensam menos ainda. Maaas, só para concluir sem querer polemizar, mictório feminino (até ou eu sei) é tipo box, com porta. Como elas fazem e se fecham a porta não dou notícia, mas imagino que a vergonha maior e o recato devem estar do lado das trans (as normais, pelo menos), que precisam tirar o pau para mijar. SE elas querem ser e se sentem femininas a última coisa que provavelmente desejarão é exibir sinais de masculinidade. Em BH havia (há) um cabelereiro bonito pra caralho que um dia, lá no início da década de 1970 removeu o pênis, pois queria ser mulher. Só Deus sabe como ficou o local! Hoje ele (ela) é careca, bastante feio(a) e sem pau. Complicado!

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    3. Uma vez perguntaram para a supertalentosa Rogéria, travesti das antigas, se ela pensava em cortar o pau. Ela disse que de jeito nenhum, nem morta, travesti que corta o pau, perde o namorado, ela disse. Grande Rogéria.

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  2. Mas acho bizarro e até inadequado utilizar os personagens do programa para verbalizar o pensamento de quem os "manipula".

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    1. Pois essa é uma das grandes canalhices dos canalhas, fazem o papel de ventríloquo, põe as palavras deles na boca dos personagens.

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  3. Rapaz, quem sou eu para condenar qualquer tom mais enfático ou palavra mais dura? De mais a mais, aqui você pode dizer sempre o que quiser.
    Abraço.

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  4. Dando nome aos boys, o comentário sobre o cabelereiro operado fui eu que fiz e não entendi porque saiu anônimo. Esse cara foi a primeira pessoa que eu vi andar na rua abraçado com o namorado, lá por volta de 1970. E fico feliz que o Fabiano tenha gostado do comentário das netas.

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  5. Que horror forçar essa escrotidão da IDEOLOGIA de gênero para crianças. Coisa de pessoas de mentes doentias. Quem assiste a esse programa é criança, não adolescente. O melhor caminho é sempre o boicote. Os pais devem atentar para isso e, em casa, educar seus filhos sobre essa insanidade como ela é em si: uma insanidade, sem base científica, mera agenda de tresloucados. O programa foi tão escroto que não trouxe "debate" algum sobre o tema. Trouxe a cartilha da IDEOLOGIA de gênero, imposta como um mantra. Imundos. Belo texto, Marreta.

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  6. Puxa, hoje ainda comentava com um colega macho das antigas: segundo a gramática, o gênero masculino prevalece no plural. Todes, tod@s é o caralho. Recuso-me a prostituir a língua de Camões. Se algum tratado de baitolagem se estabelecer nesse sentido, confesso que escreverei de forma incorreta.

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    1. Bom tê-lo de novo por aqui, Mr. F.
      Eu, ainda que a contragosto, acabei por aderir à nova ortografia. Ainda acho estranho escrever certas palavras sem trema, não acentuar ditongos abertos em palavras paroxítonas etc, mas acatei e tento não transgredir tal acordo entre os países lusófonos.
      Mas na questão dos gêneros, fecho com você. Ainda que algum acordo de viadagem torne oficial a extinção dos gêneros, continuarei a usá-los. Eu, que sempre prezei a boa e correta escrita, nesse caso, terei o maior orgulho de escrever errado.

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