A pé
A entornar uma garrafa,
Atravesso a avenida engarrafada
E através das lentes
Do meu ray-ban verde-garrafa,
Onde repousas,
Onde me esperas,
A fazer palavras cruzadas
E a tecer teias de Penélope
Entre almofadas de paina e cetim,
Entre taças de bebida púrpura,
Entre véus e vermelhidões, bules de café e lingotes de chocolate branco.
Odalisca carnuda e sobeja
Com calcinha de algodão
E sutiã inexistente.
E peitos que reúnem,
Que unificam
2 Comentários
Belo poema, como sempre.
ResponderExcluirE mais belos, ainda, peitos.
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