Essa é um clássico da fossa! Nem sei como não havia me lembrado de colocá-la aqui até agora. Mea culpa, mea maxima culpa. A canção é do mestre Aldir Blanc e foi imortalizada de forma irretocável (nem sei se outro se atreveu a gravá-la) pelo maior conjunto vocal do Brasil, quiçá do mundo (e falo sério), o quarteto MPB-4.
A história narrada nem é só de fossa amorosa, de dor de corno ou de cotovelo, é fossa ampla, geral e irrestrita. O cara tá na maior merda. Com a merda até o pescoço, e subindo.
Ele encontra o amigo, mais bem de vida que ele - bem casado, empregado, conservado etc -, e vai desfiando as suas desditas. A mulher o largou (Rosa acabou comigo...), está desempregado (o l'argent, ele defende algum no jogo), a memória já lhe falha e pensa até em pôr fim na vida (que bom se eu morresse...).
A canção é escrita na forma de um diálogo entre eles e, inegavelmente, tem a inconfundível marca do Aldir Blanc, o poeta das desgraças cotidianas, dos pequenos dramas domésticos.
Amigo é Pra Essas Coisas
(Aldir Blanc/Sílvio da Silva Junior)
- Salve !
- Como é que vai ?
- Amigo, há quanto tempo !
- Um ano ou mais...
- Posso sentar um pouco ?
- Faça o favor
- A vida é um dilema
- Nem sempre vale a pena...
- Pô...
- O que é que há ?
- Rosa acabou comigo
- Meu Deus, por quê ?
- Nem Deus sabe o motivo
- Deus é bom
- Mas não foi bom prá mim
- Todo amor um dia chega ao fim
- Triste
- É sempre assim
- Eu desejava um trago
- Garçom, mais dois
- Não sei quando eu lhe pago
- Se vê depois
- Estou desempregado
- Você está mais velho
- É
- Vida ruim
- Você está bem disposto
- Também sofri
- Mas não se vê no rosto
- Pode ser...
- Você foi mais feliz
- Dei mais sorte com a Beatriz
- Pois é
- Vivo bem...
- Prá frente é que se anda
- Você se lembra dela ?
- Não
- Lhe apresentei
- Minha memória é fogo !
- E o l'argent ?
- Defendo algum no jogo
- E amanhã ?
- Que bom se eu morresse !
- Prá quê, rapaz ?
- Talvez Rosa sofresse
- Vá atrás !
- Na morte a gente esquece
- Mas no amor a gente fica em paz
- Adeus
- Toma mais um
- Já amolei bastante
- De jeito algum !
- Muito obrigado, amigo
- Não tem de quê
- Por você ter me ouvido
- Amigo é prá essas coisas
- Tá...
- Tome um cabral
- Sua amizade basta
- Pode faltar
- O apreço não tem preço. Eu vivo ao Deus-dará
- O apreço não tem preço. Eu vivo ao Deus-dará
- Como é que vai ?
- Amigo, há quanto tempo !
- Um ano ou mais...
- Posso sentar um pouco ?
- Faça o favor
- A vida é um dilema
- Nem sempre vale a pena...
- Pô...
- O que é que há ?
- Rosa acabou comigo
- Meu Deus, por quê ?
- Nem Deus sabe o motivo
- Deus é bom
- Mas não foi bom prá mim
- Todo amor um dia chega ao fim
- Triste
- É sempre assim
- Eu desejava um trago
- Garçom, mais dois
- Não sei quando eu lhe pago
- Se vê depois
- Estou desempregado
- Você está mais velho
- É
- Vida ruim
- Você está bem disposto
- Também sofri
- Mas não se vê no rosto
- Pode ser...
- Você foi mais feliz
- Dei mais sorte com a Beatriz
- Pois é
- Vivo bem...
- Prá frente é que se anda
- Você se lembra dela ?
- Não
- Lhe apresentei
- Minha memória é fogo !
- E o l'argent ?
- Defendo algum no jogo
- E amanhã ?
- Que bom se eu morresse !
- Prá quê, rapaz ?
- Talvez Rosa sofresse
- Vá atrás !
- Na morte a gente esquece
- Mas no amor a gente fica em paz
- Adeus
- Toma mais um
- Já amolei bastante
- De jeito algum !
- Muito obrigado, amigo
- Não tem de quê
- Por você ter me ouvido
- Amigo é prá essas coisas
- Tá...
- Tome um cabral
- Sua amizade basta
- Pode faltar
- O apreço não tem preço. Eu vivo ao Deus-dará
- O apreço não tem preço. Eu vivo ao Deus-dará
E para escutar a música (se alguém não conhece, garanto que compensa) é só clicar aqui, no meu sempre poderoso MARRETÃO.
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