Cigano Igor Desabafa : Queimei Meu Filme, Mas Não Minha Rosca

Ricardo Macchi, o eterno cigano Igor, depois de 20 anos de ostracismo televisivo, depois de ter se transformado no símbolo nacional máximo do ator fracassado, desabafou em seu facebook : Queimei meu filme, mas não minha rosca!
Parece-me que essa declaração bombástica de Macchi joga uma nova luz sobre uma antiga lenda obscura da TV : o teste do sofá. Segundo consta, sempre que um diretor de elenco se encanta por uma aspirante a atriz, o talento e os recursos dramáticos da moça são o que menos vão importar, a habilidade cênica da incauta será um pormenor de somenos. O que vai lhe valer ou não o papel será sua desenvoltura no sofá do diretor, o seu desempenho na horizontal, de lado, de quatro etc.
Há um aspecto ainda mais tenebroso da obscura lenda do teste do sofá, inconfessável! Dizem que certos diretores não fazem distinção quanto ao sexo daqueles que executam em seus sofás, mulheres, homens... pouco se lhes dá, gostaram, traçam. Diretores, frente ao quais, quem tem cu, tem que ter medo.
Será que é a isso que Machhi se refere?
Sempre achei estranho a carreira de Ricardo Machhi não ter decolado. Não que eu reconheça nele algum talento, nada disso, vou melhorar o que eu digo : sempre achei estranho SÓ a carreira de Ricardo Macchi não ter decolado.
Quando começou, era um cara novo, bonitão, interpretou um personagem bonzinho e carismático, feito para cair no gosto popular. E, ruim por ruim, já existiam à época atores tão sofríveis quanto Machhi. Se formos compará-lo, então, a essa atual safra de atores, Macchi é quase um Paulo Autran. Se o colocarmos lado a lado com os atores formados pela escola de atores da Globo, o programa Malhação, cuja forja produziu o Cabeção como expoente máximo, Macchi é um ator quase que shakespeariano.
Seu contemporâneo e igual em talento, Vitor Fasano, era tão ruim quanto Machhi, talvez até mais, mas, me lembro, não lhe faltavam críticas elogiosas por parte das revistas "especializadas"; críticos de TV e outros atores, no mínimo, diziam que viam grande potencial em Fasano.
Será que Machhi recusou-se ao teste do sofá e queimaram o seu filme?
O resto do desabafo de Macchi põe ainda mais pulgas atrás da minha orelha, joga mais lenha na minha desconfiança : "Estou certo que meu maior legado foi ter queimado meu filme na minha primeira experiência na TV, e ter mostrado ao Brasil como funciona a TV".
Para finalizar o assunto, arremata : “Uma excelente troca para minha consciência e também para eu poder sentar tranquilo sem dor física e sem ressaca moral, lógico!" 
Pãããta que o pariu! Acho que agora não restam dúvidas. Quiseram romper a prega-mestra de Machhi e ele pulou fora, não foi morder fronha no sofá. Resultado : queimaram o filme dele na TV. Posso estar errado, equivocado em minha interpretação, mas o que mais pode significar o cara dizer, "e também para eu poder sentar tranquilo, sem dor física" ?
Queimei meu filme, mas não minha rosca. Sensacional! Genial! Uma frase lapidar! Quase um aforisma! E engraçadíssimo! É isso aí, cigano Igor. Que belo exemplo de hombridade, tão em falta nos correntes e despregueados dias. 
Eu já tinha um certo respeito por Ricardo Machhi, não por seu trabalho como cigano Igor, lógico, mas por ele ser casado com uma das mais belas e gostosas mulheres que surgiram na TV, Ellen Roche. O cara pode até ser um canastrão e coisa tal, mas se pega uma gostosa feito a Ellen Roche, algum talento ele tem, um mínimo de respeito lhe é devido.
E agora, depois desse desabafo, o meu respeito por ele aumentou, dobrou, decuplicou. Ricardo Macchi ganhou um local de honra no hall dos machos da Marreta do Azarão, a seção Machos de Respeito,  na barra lateral do blog.
Termino parabenizando Macchi por sua integridade moral e, principalmente, pela integridade de suas pregas. Coloco abaixo uma foto, não de Macchi, sim de Ellen Roche. O cigano merece ou não merece todo nosso respeito?

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