Peitões vs. Cérebro

A Ciência é o cego que toma a escuridão em que vive, na qual tateia, tropeça, claudica e se atola como se ela fosse uma vereda de rota certa, sinalizada pela luz e policiada e mantida segura pelas cores do arco-íris. A Ciência mais erra do que acerta, a Ciência é inepta, iniciante em fazer Ciência. A Ciência é besouro que, anatomica e aerodinamicamente incapaz de voar, voa por não ter ciência de seu impedimento.
A Ciência forja mais deuses do que os forjam as religiões, todas juntas. A Ciência destrói mais deuses - os seus próprios e os dos outros - do que hordas invasoras bárbaras de outros credos que seus dominados. A Ciência é crente e iconoclasta. A Ciência renega sua própria fé, duvida de suas próprias preces. Dá a sua cara a tapa, e é sua própria mão a lhe esbofetear. É ela própria a denunciar e acusar seus próprios erros. Por isso, gosto da Ciência, a Ciência se faz a sério, mas não se leva muito a sério. A Ciência sabe que é só mais um passatempo do Homem, que, tendo estendido a própria vida para décadas além do projeto inicial, não tem muito o que fazer da vida enquanto tentar enganar e fugir da morte.
Várias foram as cagadas da Ciência denunciadas pela própria. Vários foram os erros da Ciência acobertados por novos erros, e que estão por aí até hoje, com o status de teorias definitivas; até que sejam desmascarados e substituídos por outros erros, mais hábeis em se disfarçarem como verdade provisória. A Ciência é sua própria ama de leite e algoz.
No século IV a.C., Ariostóteles deu o seu palpite sobre a origem da vida, lascou na moleira da humanidade a hipótese da Abiogênese, que, traduzida do bom grego, significa a vida surgindo da não-vida, ou seja, para Aristóteles, a vida surgia da matéria bruta, inaminada, por conta de um tal princípio ativo ou vital, que era uma força invisível, impalpável, indetectável, uma aura capaz de entrar na matéria sem vida, reorganizar-lhe os átomos e, com isso, produzir vida. O princípio vital de Aristóteles foi o protótipo do "sopro divino" da Bíblia cristã, um sopro no barro e pronto : eis a vida. Louis Pasteur o desmentiu e desmoralizou em 1861, com seu famoso, simples, e por isso mesmo genial, experimento do frasco com pescoço de cisne, e estabeleceu a Biogênese de uma vez por todas, ou seja, a vida só pode surgir de uma vida preexistente através de algum mecanismo de reprodução.
O mesmo Aristóteles arriscou um lance nos rudimentos da genética e "explicou" como as características dos indivíduos eram transmitidas aos seus descendentes, enfiou, goela abaixo da humanidade, a sua Pangênese, a hipótese das partículas a formar o todo. De acordo com o grego, os organismos produziriam micropartículas, microcópias de todas as suas estrutruras, essas ficariam a circular pelo sangue e, na hora da fecundação, se juntariam a criar um microscópico novo ser que cresceria, depois, dentro da fêmea. Ou seja, teríamos microrrins, microfígados, micro-olhos, micronarizes, micropênis (que, no caso dos japoneses, continuavam micros pela vida toda), micropés, micromãos etc, que se juntariam, parte do pai, parte da mãe, para compor o novo ser; explicando, assim, o porquê do filho guardar semelhanças com seus ambos genitores.  Gregor Mendel o desmentiu e desmascarou em 1865, com seu famoso, simples, e por isso mesmo genial, experimento com as ervilhas e o estabelecimento de suas Primeira e Segunda Leis da Genética.
Aliás, que grande picareta, esse Aristóteles. E alguns ainda o consideram grande, mas isso lá os da filosofia, que é a "ciência" do senso comum e da conversa de boteco.
Ptolomeu garantia que a Terra estava imota no centro do universo e todos os outros corpos celestes giravam em vassalagem a ela. Copérnico, em 1543, jogou o nome de mais um grego à lama, mostrou a existência de um Sistema Heliocêntrico, ou seja, uma Terra a girar feito pião em torno do Sol. Dizem que o povo grego antigo construiu as bases de nossa atual civilização. Não me espanta estar como estamos.
E vários outros exemplos de Ciência desacreditando a própria Ciência podemos encontrar se nos dispormos a uma pesquisa mais demorada.
Pasteur, Mendel, Copérnico : advogados do diabo de seu próprio ofício. 
Agora, eu, imbuído de poderes jurisprudentes concedidos a mim por meu registro na OAI, Ordem dos Advogados do Inferno,  vou denunciar uma farsa da ciência moderna, vou levar às barras dos Tribunais da Ciência, na qualidade de ré, uma pesquisa realizada pela Universidade de Cambridge, na pessoa do evolucionista David Bainbridge. 
Afirma ele que os homens, quando em busca de uma companheira, valorizam mais a inteligência do que o tamanho dos seios. Pausa para gargalhadas.
Segundo ele, os seus entrevistados veem na inteligência, em um bom cérebro, forte indícios de que a moça será uma boa mãe e, por isso, se sentem atraídos por ela, em detrimento de qual seja o número do manequim de seu sutiã. De acordo com Bainbridge, apenas as característica simétricas (mas não disse quais) são valorizadas pelos rapazes, pois elas indicam que a parceira é jovem, saudável e possui genes estáveis. Logo, o tamanho dos seios não lhes é um elemento atrativo, uma vez que raramente os peitos são simétricos; além disso, seios, continua Bainbridge, tendem a parecer velhos rapidamente, e os homens amam a juventude. 
Sério mesmo que alguém que olha para uns peitões, ou está prestes a lhes dar uma boa mamada, fica olhando se eles têm o mesmo tamanho, a mesma exata circunferência, curvatura e angulação? Ou será que, quando cara a cara com uns peitos a la Ellen Roche, alguém fica imaginando as muxibas da Dercy Gonçalves. Sei não, começo a desconfiar da real masculinidade do público pesquisado, e da do próprio Bainbridge.
apenas as características simétricas são valorizadas pelos rapazes, pois elas indicam que a parceira é jovem, saúdavel e possui genes estáveis. Logo, nem mesmo o tamanho dos seios são tão interessantes assim – pois raramente eles são perfeitamente simétrico

Copy and WIN : http://ow.ly/KNICZ
apenas as características simétricas são valorizadas pelos rapazes, pois elas indicam que a parceira é jovem, saúdavel e possui genes estáveis. Logo, nem mesmo o tamanho dos seios são tão interessantes assim – pois raramente eles são perfeitamente simétrico

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A pesquisa revelou não só o desinteresse dos entrevistados em bons e fartos peitões. Pernas longas e bem torneadas também foram consideradas itens supérfluos e desinteressantes pelo público masculino pesquisado. Pãããta que o pariu!!!! De onde eram os homens pesquisados? De San Francisco, de Campinas, de Pelotas? Bainbridge, para efeito de grupo de controle, deveria ter perguntado aos seus entrevistados : "e por uma rola, bem grossa, veiuda e cabeçuda, vocês se sentem atraídos?".
"A principal coisa que os membros do sexo masculino estão procurando é a inteligência. Os questionários semprem mostram esse resultado", diz o pesquisador. 
Falácia! Fraude científica!
Sem contar com o fato de que os homens mentem em pesquisas, o erro de Bainbridge já começa no começo e, obviamente, vai se propagando ao longo do desenrolar da pesquisa, da coleta de dados, do tratamento dado a eles, induzindo a mais e mais erros, até chegar a essa absurda conclusão : homens não ligam para peitões. O erro já começa na premissa embutida na pesquisa, a de que os homens olham para uma mulher e a imaginam como uma potencial mãe para seus descendentes. Quem disse semelhante disparate?
O homem que é homem, o macho das antigas, olha para uma gostosa e a vê como uma boa foda que, se tudo der certo, se a camisinha não furar e se o bom deus da inconcepção ajudar, bem ao contrário, nunca, mas nunca mesmo irá engravidar dele!!! Jamais!!!
Se a pesquisa afirmasse que a mulher prefere homens inteligentes aos caralhudos, aos bem-dotados, ela teria logrado o mais absoluto e retumbante êxito. A mulher sim - e aqui não há nada de machismo ou de porco-chauvinismo, tem é de biológico, e se tem, reclamem à Mamãe Natureza, que assim fez as espécies - olha para o homem e já o imagina pai de seus filhos, o leão de seu bando. 
E nada mais lógico e coerente para a mulher : ela produz apenas uma única célula germinativa por mês, um solitário óvulo a cada 30 dias, portanto, cabe a ela não desperdiçá-lo com qualquer zé-mané. Inteligência num homem garante boas probabilidades de que ele seja um bom provedor, um bom leão para os seus; uma pistola grande só é garantia de ardência no cu. E aqui, é claro, devo admitir, advogo em causa própria.
Já o homem, produz milhões e milhões de espermatozoides por dia. Que homem, em sã consciência, pensa em seus bichinhos, cada um deles, a fecundar outros tantos óvulos? Nenhum! O homem quer é desperdiçar, quer é jogar aquela porra toda fora, literalmente. 
Mas façamos o jogo de Bainbridge, não para levá-lo em consideração, mas, antes pelo contrário, para desmoralizá-lo em seu próprio campo. Suponhamos que um homem esteja, de fato, à procura de uma mãe para seus filhos. Nem assim um bom cérebro venceria a luta contra os peitões. Somos mamíferos, se lembram disso? Uma boa mãe é uma mãe que, entre as tantas tarefas que a fazem padecer no paraíso, seja capaz de bem alimentar e nutrir sua cria. Vai me dizer que peitões não sugerem uma fartura láctea, que não parecem ao homem cornucópias de força e saúde para seus filhos? Vai me dizer que um homem olha para os peitões e não pensa com seus botões : "que belas mamadeiras devem ser...".
Se ainda não estão convencidos, senhores jurados leitores do Marreta, da culpa do réu Bainbridge, apresentarei-lhes a prova cabal. Quero que julguem com seus próprios olhos, todos vocês, machos das antigas e fêmeas desfrutáveis que passam por aqui, e até mesmo você meu caro ex-boiola. 
De um lado do ringue, o esquerdo, Eugênia Diordiychuk, do outro, o direito, a desafiante Madame Curie, umas das cientistas mais brilhantes de todos os tempos.
E, então, caros jurados do Marreta? Qual o seu veredicto sobre David Bainbridge e sua pesquisa? Inocentes ou culpados?

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11 Comentários

  1. Brilhante, meu caro, de fato é irrefutável. Acho que o negócio ostentar, ostentar um belo par de peitos. E eu aqui perdendo meu tempo debruçada sobre livros aff. (risos)
    #estoufazendoissoerrado #partiujogarnotimedassiliconadas
    "J"

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    1. Não entendi essa porra de :
      #estoufazendoissoerrado #partiujogarnotimedassiliconadas

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  2. Coisas de Facebook e Twitter, tio. (risos).
    "J"

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  3. Em defesa do cientista, diria que quando olho uma mulher, não olho só os peitões (aliás, prefiro-os no tamanho "concha da mão masculina"). Olho a bunda, as coxas e a região que um pedante qualquer chamou de "interfêmures". Agora, inteligência?

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  4. Olha aqui, Marreta, eu acho que esse Bainbridge, além de gay, tem miolo mole. Só pode! Um sujeito que dá mais valor ao cérebro do que ao parque de diversões deve ter trauma de infância. Ou então (depois de uma cuidadosa análise Jotabê), essa valorização excessiva dos miolos deve ser por causa do próprio nome (Bainbridge). Provavelmente ele queria que fosse BRAIN bridge. Daí a fixação.

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    1. A fixação dele, se não é em peitos, só pode ser em outra coisa, caro Jotabê, em rola!!!

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  5. O texto estava bom até a metade. Estudar pra quê? Deixemos nossos instintos animalescos, e o cérebro igual ao de uma minhoca !!!

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    1. Quem é você? Uma sem peitos e que tem a ilusão de que sua inteligência (a que você acha ter) dá tesão nos homens, ou um afeminado, um metrossexual? Vai me dizer que quando você tá metendo, ou sendo comida, você recita a Íliada, Os Lusíadas, ou faz cálculos diferenciais e integrais para se excitar ou retardar o gozo?
      E você se entregou na coisa da minhoca, meu amigo/minha amiga. O seu negócio é um minhocuçu dos bitelos.

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  6. Voltando ao assunto: peitões são coisa para americano. Para mim, o melhor exemplo de SEIOS está no seu post http://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2013/10/uma-elegia-claudia-ohana-20.html. São a verdadeira maravilha da natureza. Esses, eu "chupo até o caroço"

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    1. Rapaz, peitões não são para americanos, são para quem gosta de peitões, independente da nacionalidade. E quem disse que não somos americanos, cara-pálida? Sul-americanos, ora porra!

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