Laranja Mecânica

Antes
Por através de minha grades
Olhava a cidade escura
De prédios e janelas iluminadas
Bioluminescentes.
Apertava-me o peito
Não poder me esgueirar por suas ruas
Não poder me equilibrar
Voar bêbado por seus abismos
Por suas fossas abissais.

Hoje
Ainda olho
Quando me lembro 
A cidade que já esqueceu meu nome
E as grades
Continuam ali
Mas tão somente por preguiça
De que alguém as remova.
Hoje
As grades continuam ali
Mas nem se fazem mais necessárias.

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