Nem é tanto a questão das limitações físicas, ainda. É mais a questão de saber que não realizarei mais de novo. Nem mesmo conseguirei mudar situações atuais que me incomodam, a ponto de me deixar doente.
As vezes, me pego pensando se é só isso mesmo..... No fim, tudo não passa de ilusão. Mas é uma ilusão gostosinha até, por isso vamos levando adiante. Se, de repente, tudo ficasse negro, e cada um visse a verdadeira faceta da realidade, pouca gente se safaria da foice negra do desespero. Abs!!
Rapaz, acho melhor você falar só foice do desespero. Foice negra pode soar pejorativa, racista... e aí vão te cancelar, o que, hoje em dia, é muito pior que a morte. Abraços.
Rapaz, é claro que eu tô de sacanagem com você, só dando uma zoada, mas por aí a coisa tá assim mesmo. Um dia desse, li em algum lugar que até a palavra "esclarecer" tem conotações racistas para esse povinho desocupado.
Recordei a HQ Sandman. No primeiro arco, Morte leva um bebê. Este lhe pergunta: "É só isso?" Ela diz sentir muito e o leva mesmo assim. Já num arco mais adiante, ela leva um quase imortal. Ele está vivo há mais de dez mil anos. Ele viveria para sempre, se não sofresse dano físico letal. Então ele diz: "Dez mil anos! Não foi tão mal", ao que ela lhe responde: "Você teve o que todo mundo teve, uma vida inteira, nem mais nem menos".
Do bebezinho, eu me lembro bem; do quase imortal, puxei aqui pela memória e não teve jeito. Sim, no fim das contas, todo mundo tem uma vida inteira. Abraço.
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O blog A Marreta do Azarão é uma obra de ficção. Os textos aqui publicados são exercícios de livre-pensamento. Melhor, são tentativas, experimentações de livre-pensamento. Bem-sucedidas, às vezes; malfadadas, quase sempre, como toda e qualquer experimentação, como toda e qualquer tentativa de romper e expandir com o estabelecido. Não querem, de forma alguma, os textos, se fazer passar por fatos, tampouco se colocarem ou se estabelecerem como verdades. São tão somente elocubrações de cunho jocoso, considerações irônicas acerca do comportamento humano. E não há distinção quanto ao tema ou ao assunto tratado, não há nenhum tipo de direcionamento : tudo aqui é posto sob a óptica da ironia; há muito de autoironia, inclusive. A ironia, segundo minha opinião - e você não é obrigado a compartilhar dela, aliás, nem espero que -, é a forma mais libertária de análise e pensamento, é a forma mais isenta de tentar entender a grande piada que é o mundo, e também a nós, seus personagens risíveis, que nos damos alta e indevida importância. Caso você seja um semiletrado, alguém sem grandes intimidades com a caneta, o que estou, basicamente, a dizer é que não há intenção de depreciar ou incitar violência contra quaisquer grupos ou segmentos sociais. Assim posto, se você é submisso à certezas preestabelecidas, se você é servo de convicções engessadas, lacaio de doutrinas pétreas, escravo de pragmatismos e dogmatismos - sejam de que ordem forem, políticos, religiosos, filosóficos, sociais, étnicos, sexuais etc -, seu lugar não é aqui. Há bilhões de outros endereços na internet que podem melhor lhe agradar, você não é obrigado a ficar por aqui. Se você está à procura de fatos e de "verdades" que confirmem e reconfortem sua visão tradicional do mundo, repito, seu lugar não é aqui; dirija-se ao site de algum jornal, ou revista semanal de variedades. Se ainda assim, se apesar deste aviso, deste esclarecimento, alguém se sentir ofendido ou vilipendiado por alguma postagem - o que, garanto, não é meu objetivo, lembre-se que nem lhe conheço -, o blog abre espaço para um direito de resposta, que deverá ser enviado através do campo de comentários do blog, na forma de um texto que conteste, que contradiga, que refute o que por mim foi escrito. O texto, caso o autor assim deseje, será publicado logo abaixo da postagem que o motivou a ser escrito. Artigo 5, inc. IX da Constituição Federal de 1988 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
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12 Comentários
É, Marreta, pressinto que o Tempo já está fazendo cobranças maiores! Belo poema, muito bom mesmo e lindíssima imagem.
ResponderExcluirNem é tanto a questão das limitações físicas, ainda. É mais a questão de saber que não realizarei mais de novo. Nem mesmo conseguirei mudar situações atuais que me incomodam, a ponto de me deixar doente.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirValeu.
ExcluirO que acha Rubens disso?
ResponderExcluirDifícil saber. Há muito tempo não vejo Rubens. Muito tempo, mesmo...
ExcluirAs vezes, me pego pensando se é só isso mesmo.....
ResponderExcluirNo fim, tudo não passa de ilusão. Mas é uma ilusão gostosinha até, por isso vamos levando adiante.
Se, de repente, tudo ficasse negro, e cada um visse a verdadeira faceta da realidade, pouca gente se safaria da foice negra do desespero.
Abs!!
Rapaz, acho melhor você falar só foice do desespero. Foice negra pode soar pejorativa, racista... e aí vão te cancelar, o que, hoje em dia, é muito pior que a morte.
ExcluirAbraços.
Escrevi no sentido de negra=trevas, escuridão, etc... Mas, hoje em dia, você está certo. Melhor fazer policiamento na escrita.
ExcluirRapaz, é claro que eu tô de sacanagem com você, só dando uma zoada, mas por aí a coisa tá assim mesmo. Um dia desse, li em algum lugar que até a palavra "esclarecer" tem conotações racistas para esse povinho desocupado.
ExcluirRecordei a HQ Sandman. No primeiro arco, Morte leva um bebê. Este lhe pergunta: "É só isso?" Ela diz sentir muito e o leva mesmo assim. Já num arco mais adiante, ela leva um quase imortal. Ele está vivo há mais de dez mil anos. Ele viveria para sempre, se não sofresse dano físico letal. Então ele diz: "Dez mil anos! Não foi tão mal", ao que ela lhe responde: "Você teve o que todo mundo teve, uma vida inteira, nem mais nem menos".
ResponderExcluirDo bebezinho, eu me lembro bem; do quase imortal, puxei aqui pela memória e não teve jeito.
ExcluirSim, no fim das contas, todo mundo tem uma vida inteira.
Abraço.