Inscrição em Uma Lápide Qualquer

Então,
Era isso?
O tempo todo
Foi só isso?

Por que, 
Então,
Ter dado ilusões,
Sonhos de grandeza ao pó?

Já não têm,
Os vermes, 
Comida o suficiente
Nesse mundo podre
E de luares de fogos-fátuos?

Haverá morte inteligente
Em outros planetas?

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12 Comentários

  1. É, Marreta, pressinto que o Tempo já está fazendo cobranças maiores! Belo poema, muito bom mesmo e lindíssima imagem.

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    1. Nem é tanto a questão das limitações físicas, ainda. É mais a questão de saber que não realizarei mais de novo. Nem mesmo conseguirei mudar situações atuais que me incomodam, a ponto de me deixar doente.

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    1. Difícil saber. Há muito tempo não vejo Rubens. Muito tempo, mesmo...

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  3. As vezes, me pego pensando se é só isso mesmo.....
    No fim, tudo não passa de ilusão. Mas é uma ilusão gostosinha até, por isso vamos levando adiante.
    Se, de repente, tudo ficasse negro, e cada um visse a verdadeira faceta da realidade, pouca gente se safaria da foice negra do desespero.
    Abs!!

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    1. Rapaz, acho melhor você falar só foice do desespero. Foice negra pode soar pejorativa, racista... e aí vão te cancelar, o que, hoje em dia, é muito pior que a morte.
      Abraços.

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    2. Escrevi no sentido de negra=trevas, escuridão, etc... Mas, hoje em dia, você está certo. Melhor fazer policiamento na escrita.

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    3. Rapaz, é claro que eu tô de sacanagem com você, só dando uma zoada, mas por aí a coisa tá assim mesmo. Um dia desse, li em algum lugar que até a palavra "esclarecer" tem conotações racistas para esse povinho desocupado.

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  4. Recordei a HQ Sandman. No primeiro arco, Morte leva um bebê. Este lhe pergunta: "É só isso?" Ela diz sentir muito e o leva mesmo assim. Já num arco mais adiante, ela leva um quase imortal. Ele está vivo há mais de dez mil anos. Ele viveria para sempre, se não sofresse dano físico letal. Então ele diz: "Dez mil anos! Não foi tão mal", ao que ela lhe responde: "Você teve o que todo mundo teve, uma vida inteira, nem mais nem menos".

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    1. Do bebezinho, eu me lembro bem; do quase imortal, puxei aqui pela memória e não teve jeito.
      Sim, no fim das contas, todo mundo tem uma vida inteira.
      Abraço.

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