- Como vai a vida, meu caro?
- Como vai a morte?, seria a pergunta mais oportuna e adequada.
Se não a morte clínica, oficial
A que enche de burocracia o legista,
Ao menos
A morte que é a do olhar que só olha
A da inércia dos gases nobres
A da indiferença dos cistos
Dos hibernantes.
Se não a morte da foice
-Vestida de cetim -,
A subexistência dos bonecos de cera.
- Deixa de viadagem, que você tá precisando é de tomar umas, vamos lá.
Brindam.
- E então, meu caro, como vai a morte?
- Um arremedo mal cerzido da vida.
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