Professora Xinga Viados E Desacata Policiais

O nível do professorado paulista anda mesmo a superar os mais otimistas prognósticos.
A professora J.O.S.C, de 41 anos, foi presa em Tiête (SP), na sexta-feira passada, por xingar um casal de bichanas que borboleteava de mãos dadas pelas ruas da pequena cidade. O mimoso casal, de 23 e 47 anos, ofendidíssimo em sua honra, chamou a polícia para punir a terrível criminosa.
Ora, que vão todos à merda.
Que raio de homens são esses - independente de suas orientações sexuais - que não são capazes de se defenderem das agressões verbais de uma tresloucada? Dos recalques de uma descompensada que, sei lá, talvez tenha esquecido de tomar o lexotan do dia? Ninguém aqui está falando de um linchamento homofóbico promovido por uma matilha de pitboys. É tão e simplesmente um vômito verbal de uma demente. Que raio de mundo frouxo é esse em que as pessoas não são capazes de responder a um insulto verbal, ou meramente ignorá-lo? Qualquer incômodo ou contratempo e todos correm às barras das saias da mamãe-Estado, feito crianças mimadas e de fraldas cheias.
Ou será que o casalzinho sequer pensou em se defender? Talvez eles tenham visto a oportunidade de se tornarem celebridades instantâneas em sua pacata cidadezinha, o casal paladino da causa gay. Isso dá até plataforma para uma candidatura à vereança. Talvez tenham farejado, também, um azo para arrancarem uns trocados da professora, uma indenização por danos morais; que a honra, hoje, se lava com dinheiro. De mais a mais, apesar do tom pejorativo, que mentiras a professora proferiu? Gay, bicha, viado, homossexual... pura questão de semântica, as pregas rodam do mesmo jeito.
A polícia chegou e teve o mesmo tratamento dispensado ao casal. A nobre docente desacatou os meganhas, chamou-os de "coxinhas", sei lá que porra é essa, mas parece ser ofensa grave. Já grampeada pelos homens da lei, ela ainda chutou a porta do veículo ao ser posta na viatura.
Foi autuada por desacato, dano ao patrimônio e injúria motivada por homofobia. Mas o delegado foi camarada ao fixar a fiança, fez um precinho que um professor bem pode pagar, se dividido em três parcelinhas. A bagatela saiu por R$ 1.000,00. 
A calculadora da lei foi somando : desacato à autoridade + dano ao patrimônio público + chamar bicha de bicha = "milim". A mim, parece uma pechincha. Dá pra pagar fácil, fácil. É só a professora ficar uns dois meses sem realizar as atividades culturais mais corriqueiras à classe, ou seja, abrir mão da chapinha e do alisamento, dos cosméticos Jequiti e dos bailões da terceira idade, os famosos "desmanches".
É sempre reconfortante ver como o Estado valoriza seu patrimônio e seus agentes. Quanto desse total cabe a cada infração? Seria interessante saber.
Quanto ao nível do nosso quadro do magistério, só há uma solução e todos sabem qual é : a paga de um salário decente que permitisse também a aplicação de melhores concursos seletivos. Afinal de contas, um salário inicial de pouco mais de R$ 900,00, por uma jornada de 25 aulas semanais, não atrai exatamente a elite da categoria.
Tanto que deixo aqui uma sugestão aos próximos casais gays que forem vilependiados por algum mestre, basta retrucarem : "Sou bicha, sim, e daí? E você, que é professor?"
É pior, muito pior.

Postar um comentário

2 Comentários

  1. Você é muito bonzinho em relação ao pagamento da fiança, nem com a longa divisão das parcelas,nem deixando os passeios "promocionais", a professor a terá dinheiro para pagar a fiança.
    Realmente os professores não sua maioria estão descompensados, graças ao descaso de uma sociedade que privilegia o culto da aparência e renega a sua educação para último plano. Viva o Canadá e a China!!!

    Tímia

    ResponderExcluir
  2. Claro que eu generalizo e ironizo, nem todos são assim. Ainda. Mas não é só a "sociedade" que valoriza o culto à aparência, o professor também compõe essa sociedade.
    Conheço muitos(as) professores(as)que não leem um único livro por ano, no entanto estão sempre com seus penteados em dia e trocando de carro.
    E viva o Uruguai, o Chile e a Argentina, os primeiros colocados sul-americanos no ranking da educação da Unesco.
    Obrigado, Tímia.

    ResponderExcluir