Professoras São Reprovadas Por Obesidade, em SP

Cinco candidatas à docência da Rede Pública de SP denunciam que tiveram seu acesso negado ao serviço público por conta de suas obesidades. As candidatas foram inicialmente aprovadas num concurso de provas e títulos, participaram de um curso de formação e passaram, ainda, numa segunda prova após o curso.
No entanto, foram consideradas inaptas pelo Departamento de Perícias Médicas de SP. Foram reprovadas no exame médico admissional, aquele que verifica se o candidato está em plenas condições de saúde para o exercício da função pretendida, isso está no estatuto dos funcionários públicos.
As gordinhas alegam que seus exames clínicos mostraram resultados normais, não houve alteração em nenhum neles, e que foram reprovadas em virtude do peso. Elas entraram com recurso para vistas do laudo e do real motivo de suas reprovações.
Vejamos, essas moças se dizem saudáveis e que foram barradas unicamente por suas obesidades, dando a entender que os médicos teriam um certo preconceito contra as gordas. Unicamente pela obesidade? Obesidade não é só questão de estética. A obesidade é uma doença crônica multifatorial, assim considerada, inclusive, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), órgão ligado à ONU. Então, os peritos médicos não estão equivocados. Se o estatuto dos funcionários públicos reza que o ingresso do novo servidor só se dará mediante boas condições de saúde, não houve preconceito, crime ou dolo na reprovação dessas moças.
Será que estamos diante do nascimento de mais um estatuto especial em nossa gloriosa Constituição? Será que vem por aí o Estatuto do Gordo?
Se bem que, nesse caso, os médicos peritos podiam ter feito "vistas grossas". Eles não vivenciam o ambiente escolar de SP, por isso, alguém tem que comunicá-los do desfalque que causarão ao quadro docente estadual, já tão deficitário, caso esse tipo de impedimento à função se torne corriqueiro. Eliminem-se os obesos das salas de aula e o quadro professoral ficará reduzido a 30%. Nesse contexto, vistas grossas são necessárias. Ou as criancinhas paulistas ficarão sem as suas amadas "tias" para pajeá-las.
Os Governos Estaduais estão sempre preocupados com a tal lei de responsabilidade fiscal, estão sempre dedicados a cortar gastos, devotados a que sobre mais dinheiro nos cofres públicos e, consequentemente, nos cofres particulares do pessoal da alta cúpula. Será que barrar obesos é mais um estratagema para conter custos? Será que é isso o que o Estado chama de "cortar umas gordurinhas" do orçamento?

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