Contos de Natal

Dos dois contos de fadas do Natal - o do Papai Noel e o do Cristo -, por que só o primeiro, às crianças, quando essas crescem, tem a sua natureza de lenda, de mito, de delírio, revelada?
E como conseguem se desvencilhar tão facilmente da ilusão que é um, o conto do Papai Noel, e continuarem a acreditar piamente na mentira deslavada que é o outro, o conto do Cristo?
Ainda mais que o primeiro, o do Papai Noel, é muito mais verossímel que o segundo, o do Cristo. É bem mais plausível um caucasiano nórdico, corado e bem nutrido, burguês, abastado, recluso, que mantém uma tropa de anões deformados a seu serviço, em condições de subemprego, quase de escravidão, do que um salvador nascido de uma virgem fecundada por um tal Espírito Santo, que me parece uma espécie de um boto do Senhor, um boto cósmico.

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