Thor, o Mundo Sombrio. E Bota Sombrio Nisso, Bem Lá Onde o Sol Não Bate.

Desde a aparição do primeiro super-herói, em 1903, o Pimpinela Escarlate, os nossos destemidos benfeitores sofrem ataques de seus arqui-inimigos, os super vilões, que buscam aniquilá-los a todo custo, sem obter, a não ser em raras exceções, êxito. Até agora.
Ultimamente, porém, um inimigo muito mais furtivo e insidioso tem rondado o universo e as portas dos super-heróis, um inimigo que pode vir a fazer o que nenhum malfeitor, seja ele um simples assaltante armado ou um poderoso tirano intergaláctico, conseguiu até hoje, provocar a extinção dos super-heróis. Pelo menos do super-herói das antigas, do super-herói macho.
Tal inimigo, cada vez mais forte, a caminho de se tornar imbatível, é a viadagem. Que, aparentemente, descobriu um portal entre a dimensão terrena e a dos heróis, através do qual tem feito incursões cada vez mais frequentes ao mundo dos vigilantes fantasiados.
De uns anos para cá, argumentistas viados (argumentista é o responsável pela enredo da história em quadrinho) têm buscado levar os valorosos paladinos para a sua irmandade. Valendo-se da posição que ocupam, tecem argumentos que mudam, que distorcem a origem dos heróis machos, as suas personalidades e suas orientações sexuais, colocam ícones da macheza heroística em maus lençóis, ou seja, em lençóis com outros machos.
O primeiro caso foi o do Estrela Polar, da Marvel, mas até ai é um personagem insignificante, sem nenhuma relevância no panteão dos quadrinhos. Ninguém reclamou, mesmo porque quase ninguém sabe quem é o Estrela Polar, houve até uma boa aceitação da notícia e críticas elogiosas à editora, que demonstrava assim estar conectada aos novos tempos.
Pronto, foi o que bastou. Os aplausos à rosca queimada do Estrela Polar foram o aval de que os argumentistas boiolas precisavam. Começaram a levar os maiorais para a irmandade. Allan Scott, o Lanterna Verde da clássica era de ouro, teve seu nome jogado à lama por um argumentistazinho de merda, em uma das reformulações do Universo DC, foi declarado homossexual.
Heresia das heresias, o Wolverine e o Hércules, em um universo paralelo ao da Marvel, descobrem-se viadões e têm um tórrido romance. E sem contar o caso do Batman, que os argumentistas viadinhos ainda não conseguiram levar para o gueto, mas que estão sempre de olho numa oportunidade. O bom, velho, e macho Bruce Wayne comeu a Mulher Gato, a Hera Venenosa, a Bat Girl e outras gostosas dos quadrinhos, ainda assim tem sua masculinidade constantemente posta em dúvida por argumentos dúbios, mal-intencionados. As pregas do Batman são o troféu de caça mais cobiçado pelos argumentistas bichonas.
Além disso, vários atores que já interpretaram no cinema alguns do maiores personagens dos quadrinhos e da literatura de heróis declararam-se, posteriormente, homossexuais. Billy Zane, que envergou o uniforme quadricentenário do Fantasma, o Espírito Que Anda, confessou que curte mais as lanças dos pigmeus Bandar do que a xavasca da Diana; mais recentemente, Daniel Craig, o atual James Bond, o agente 007, assumiu que preferiria Bond Boys em seus filmes às já mitológicas e gostosíssimas Bond Girls.
Agora - e esse é o motivo desse meu falatório, dessa encheção toda de linguiça -, os atores Chris Hemsworth e Tom Hiddleston, que interpretam, respectivamente, Thor e Loki, declararam publicamente seu amor um pelo outro durante uma conferência de imprensa em Londres para divulgar 'Thor - O Mundo Sombrio', o segundo filme da franquia Thor.
Com a revelação de que quem levanta o martelo do Thor é o Loki, um fã da China - éden das cópias e das falsificações -, usando o photoshop, adulterou o cartaz original do filme e produziu um simulacro, um fake que está dando o que falar mundo afora, uma vez que chegou a ser confundido como se fosse o cartaz oficial da película.
No cartaz original, Thor abraça por trás a mocinha Jane Foster, interpretada pela apetitosa Natalie Portman, aconchegando-a junto a seu forte tórax, como a proteger de algum perigo. O fã chinês removeu a imagem de Natalie Portman e inseriu a de Tom Hiddleston, o Loki, que parece muito satisfeito em ser encoxado por Chris Hemsworth, o Thor; Loki parece mesmo em pleno deleite por estar com a marreta de Thor (não confundir com a do Azarão, por favor) a cutucar-lhe os intestinos.
Blasfêmia! Viadagem! E incesto, uma vez que Thor e Loki são meio-irmãos.
As declarações dos atores e a brincadeira do fã chinês não repercutiram apenas aqui, no planeta Terra, a Midgard.
O escândalo atravessou a ponte do arco-íris (olha a viadagem de novo aí), a Bifrost (bi?), e adentrou os portões dourados de Asgard, lar dos deuses e domínio de Odin, o Deus Supremo do panteão nórdico, governante dos nove mundos e pai dos recém-embichados Thor e Loki.
Pelos bicos dos corvos Hugin e Munin, os papagaios de pirata do deus caolho, chegam-me notícias terríveis sobre o estado de Odin. Odin está triste, deprimido, desiludido da eterna vida.
Entre as inúmeras atribuições do Pai Odin, está o constante e ininterrupto vigiar da Espada do Ragnarok, que é o apocalipse lá dos nórdicos. No dia em que a imensa espada do Ragnarok sair de sua bainha, dar-se-á o início do fim dos nove mundos; a função de Odin é empurrar a espada à sua posição original sempre que ela começar a escorregar da bainha.
Ficando a par, porém, de que nenhum de seus filhos, nem o biológico, Thor, nem o adotivo, Loki, são verdadeiramente espadas, Odin pretende não só não mais deter o avanço da Espada de Ragnarok como também, ele próprio, arrancá-la da bainha e decretar o fim dos tempos.
Decretar, não, que nem sobre tudo os deuses têm controle, oficializar, na verdade. Jogar uma pá de cal em cima, assumir a falência dos deuses, semideuses e heróis.
Há quem diga que esses atores que interpretam ícones da masculinidade no cinema e depois se assumem como gays, na verdade, só não o fizeram antes por medo de algum tipo de preconceito que os impedissem de conseguir determinados tipos de papéis, o de macho, por exemplo. Com o sucesso do filme, com o reconhecimento e aceitação do público, o cara perde o medo de ser rejeitado por Hollywood, afinal, gerou grande bilheteria para a indústria do cinema, e assume tranquilamente a sua boiolagem.
Eu já tenho outra teoria, meio que conspiratória. Acredito que haja um conluio entre os argumentistas viadinhos que já citei e os roteiristas e diretores de filmes. Quando um argumentista de quadrinhos não consegue enviadar um herói, ele se alia ao roteirista e ao diretor do filme e, de caso pensado, é escolhido um ator que eles já sabem ser gay, com a condição dele só revelar isso depois do sucesso do filme. Ou seja, o personagem em si, o argumentista não consegue enviadar, mas atrelando a imagem de um ator gay ao super-herói que ele interpreta, as pessoas já começam a olhar de outro modo, meio desconfiadas, para as roupas colantes e para as belas madeixas louras do Deus do Trovão.
Não sei se Lex Luthor ou Rei do Crime, não sei se Brainiac ou Dr. Destino, não sei se Curinga ou Caveira Vermelha, mas que há um gênio do crime por trás (literalmente por trás) dessa onda de heróis afeminados, isso há.

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