Câncer de Próstata : O Melhor Preventivo é a Buceta.

As melhores maneiras de prevenir o câncer de próstata são manter uma dieta rica em vegetais antioxidantes e, depois dos 40 anos, realizar anualmente o exame de toque retal, para detectar, se for o caso, possíveis alterações, pequenas neoplasias ainda em fase inicial, certo?
Consumir frutos e raízes ricos no pigmento licopeno - tomate, melancia, goiaba vermelha, cenoura, mamão, beterraba, quase tudo que tenha cor no espectro do laranja ao vermelho -, hortaliças abundantes em sulforafano - brócolis, repolho, couve-flor, couve -, grãos e leguminosas controladores da produção de testosterona - soja, linhaça, grão-de-bico, lentilha -, e, depois dos fatídicos 40 anos, uma vez por ano, ter o famoso um dedo de prosa com seu urologista, certo?
Porra nenhuma. Certo é o caralho. Bobajada pura.
Tais hábitos, na melhor das hipóteses, são meros paliativos, anódinos. Arrisco-me mesmo em dizer que são placebos, homeopatia, floraizinhos de Bach. Propaganda enganosa para que os produtores de tomate etc tirem o pé da lama e para que médicos sádicos e tarados enfiem o dedo em nosso inviolável e improfanável orifício.
O melhor remédio para a próstata não se compra em farmácias, tampouco em varejões hortifrutigranjeiros. O melhor remédio para a próstata se persegue, corteja-se, conquista-se, abate-se e se come das vísceras aos ossos, não se deixa nem cheiro para os urubus, lambuza-se da testa ao queixo.
O Santa Graal da próstata é a buceta. Óbvio. Ululante. E não há risco de overdose. Pelo contrário. Quanto mais bucetas, melhor. No mínimo, vinte bucetas diferentes para garantir uma vida saudável a um macho praticante.
Essa é a (evidente) conclusão de uma pesquisa realizada por Marie-Elise Parent e Marie-Claude Rousseau, professoras da Escola de Saúde Pública da Universidade de Montreal, Canadá. 
De acordo com a pesquisa, quando um homem trepa com mais de 20 mulheres durante o seu tempo de vida, existe uma redução de 28% no risco de ter câncer da próstata de todos os tipos e uma redução de 19% para os tipos mais agressivos.
O motivo de tal redução também é evidente. É bem sabido e provado que uma boa frequência de ejaculações mantém a próstata sempre em funcionamento, sempre sendo lavada, sempre trocando o óleo, o que reduz o risco de câncer. E homens que trocam de parceiras regularmente tendem a ter mais relações sexuais que homens fiéis e monogâmicos.
Basta pensar : vinte anos com a mesma mulher e vinte anos se esbaldando e se revezando entre vinte mulheres, uma média de uma xavasca nova ao ano. Qual dos dois vai meter mais? 
“É possível que ter muitos parceiros sexuais do sexo feminino resulte em uma maior frequência de ejaculações, cujo efeito de proteção contra o câncer de próstata foi observado anteriormente em outros estudos”, explica Parent. 
É possível? É patente e inconteste. Já dizia Luiz Gonzaga, o Gonzagão : para burro velho, o remédio é capim novo.
E que não se animem os viados, os mordedores de fronha, que dão o rabo para mais de vinte numa única festa rave. Eles não se tornarão imortais. Nem vão virar purpurina. A pesquisa também foi estendida ao público da argola frouxa e os resultados foram desanimadores para os roscas tostadas :  aqueles com mais de 20 parceiros masculinos enfrentam um risco 100% maior de contrair câncer de próstata do que aqueles que nunca furunfaram com um homem. E o risco de ter um câncer de próstata menos agressivo aumenta em 500% em comparação com aqueles que tiveram apenas um parceiro homem, em relação ao viadinho fiel.
Cheia de dedos (no bom sentido), toda polida e politicamente correta, talvez com receio de ser processada por homofobia, Marie-Elise Parent tira o seu da reta e diz que a explicação para os funestos resultados, por enquanto, são meramente especulativas : “Poderia vir de uma maior exposição a doenças sexualmente transmissíveis, ou pode ser que o sexo anal produza trauma físico para a próstata”, sugere ela.
A pesquisa foi mais além e entrevistou também aqueles que têm pelos na palma das mãos, os virgens, os cabações. Foi constatado que eles têm quase duas vezes mais probabilidade de serem diagnosticados com câncer de próstata do que aqueles que já tiveram experiências sexuais. 
Juntem-se os resultados dos viados e dos punheteiros e claramente se vê que o segredo de uma próstata sadia nem é o número de ejaculações, nem é a gozada em si - viado goza até pelo cu e virgens tocam 5 punhetas por dia, no mínimo. O segredo da longevidade, o elixir da longa vida do macho é a buceta!!!
Ou melhor, as bucetas. Quanto mais, melhor. É a ciência dizendo. E a ciência produzida por duas mulheres.
Agora, de posse dos resultados dessa pesquisa, o negócio é chegar para a sua digníssima esposa e dizer da necessidade terapêutica da puladinha de cerca masculina. Não é galinhagem, tampouco mau-caratismo. É zelo para com a saúde da próstata. É um check-up preventivo, dar uma lambida e uma fincada em terrenos vulvares e uterinos nunca dantes prospectados. Diga a ela que é como ir a uma consulta médica. Fazer um hemograma, dar uma corridinha na esteira. É zelo, inclusive, para com a vida conjugal do casal. É garantia de uma vida mais longa e saudável. É viver mais ao lado dela. É honrar e prolongar o juramento, "até que a morte os separe". Comer bucetas novas é enganar a Morte para viver mais tempo ao lado da mulher eleita e amada, e até ser, se possível, valha-me São Vinícius, um só defunto.
Agora, se a história não colar de primeira, não insista, diga que foi uma brincadeira, desconverse. Afinal, é melhor uma próstata combalida do que um pau cortado fora.
Fonte : HypeScience

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4 Comentários

  1. A volta do Marreta em grande estilo.

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    1. Que bom que percebeu. Eu ando mesmo, nos últimos tempos, meio desanimado, meio pra baixo, sem muito ânimo para escrever. Esse foi um texto que gostei muito de escrever. É Marreta pura!
      abraço

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  2. Muito bom o texto. Tenho um cunhado que diz que viagra de velho é menina nova (com mais de 18 anos, por favor). Você usou um jogo de palavras que eu também usei em um texto que vai sair lá para dezembro. A diferença é que você sempre escreve textos caudalosos enquanto eu fico mais na piadinha. Por ficar ligado ao mesmo tema, transcrevo o "textículo" (fica valendo como pré-estreia):
    Depois dos quarenta anos, consultar periodicamente um urologista é prova de bom senso. Alguns machões, entretanto, ficam tão apavorados com os procedimentos, que evitam ao máximo essa consulta (alguns se dão mal).
    Mas, não tem jeito: quando se decidem a ir ao médico ou a isso são obrigados, já sabe, chegam apavorados, com cara de não-me-toques e saem constrangidos, cheios de dedos.
    Blogson

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    1. Pois é , caro Zé Botelho, eu também já cheguei cheio de não me toques no urologista e saí cheio de dedos. E quer saber? Melhor, e menos invasiva, uma dedada que tratar um canal de dente.
      E obrigado pela pré-estreia, pelo avant premiere, como diriam os mais sensíveis.
      abraço

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