Mais uma nobilíssima aplicação da ciência e tecnologia no bem-estar e no conforto do ser humano.
É bem sabido que o trabalho de um grande executivo empresarial é tarefa das mais estressantes, a pessoa não tem hora certa de almoço, tem hora para entrar mas não tem para sair e, com o advento dos computadores, celulares e outras parafernálias, ela acaba trabalhando quase que 24 horas por dia, o trabalho a segue por onde ela vai.
E se é fatigante para o homem, muito mais para a mulher. Que, apesar de intelectualmente equivalente, é realmente mais frágil no aspecto físico, é mais sensível, mais suscetível a se ofender e se emocionar com a pressão, no mais das vezes cruel, posta sobre ela. Mulher se esgota mais fácil, desmorona e chora mais fácil, é mais dada a melindres, e ainda bem que seja assim. Ou não seria mulher, ou não seríamos homens e mulheres.
Para o homem é fácil desestressar; ele grita, xinga, manda à puta que o pariu, e toma um bom dum porre. A mulher é mais sutil, e assim também se mostram as suas formas de relaxar e jogar fora o lixo de um dia de merda. A mulher prefere relaxar dando uma gozadinha, tendo o bom e velho orgasmo. E nem precisa do homem, não.
No Brasil, segundo dados da Abeme (Associação Brasileira das Empresas do
Mercado Erótico e Sensual), a venda dos brinquedinhos eróticos teve
aumento de 18%; e de 52% nos EUA, de acordo com pesquisa do Instituto Kinskey. As duas pesquisas revelam o mesmo público preferencial : mulheres que trabalham em funções administrativas e burocráticas.
Muitas dessas mulheres confessaram que, muitas vezes, no intervalo entre uma reunião e outra, naqueles 15 minutos para o café e o cigarro, elas se recolhem às suas salas, acionam seus brinquedinhos, dão uma gozadinha e depois, obviamente, fumam um cigarrinho.
Em tempos de politicamente correto, tempos em que desgraçadamente nos encontramos, tudo o que é natural é considerado errado, feio e de mau gosto. Com o famoso caralho, não poderia ser diferente. O formato do pau não é considerado muito estético, é um produto mal acabado do ponto de vista artístico, um esboço grosseiro, garantem os politicamente corretos, que, no entanto, não ficam sem um bom tarugo entalado em seu rabo.
Além disso, não fica bem a moça abrir a bolsa para retocar a maquilagem e dela cair ao chão um pau de 20 cm de comprimento, todo cheio de nervuras e veias, é constrangedor. Assim, com vistas a esse pudico público consumidor, vários designers viadinhos vêm promovendo nos EUA e Europa o que chamam de "descaretização" do pênis. Para eles, pênis com forma de pênis é careta, é cafona, é démodé.
Que outra forma pode ter um substituto do pau, que não a de um pau? Mas os designers garantem que é possível dar aspecto mais comportado à benga, eles se esmeram em dar "caras" mais apresentáveis ao famoso consolo.
Existem vibradores em forma de ovo, de coelhinho, de batom... Tem até uma série de vibradores disfarçados de bonequinhos, dentre eles, um daqueles soldados ingleses que fazem a guarda do Palácio de Buckingham, aqueles que ficam parados e eretos o tempo todo, corpo trajado de vermelho e aquele chapéu bem grosso e cabeçudo. É verdade.
A série traz também marinheiros e policiais. Segundo seus idealizadores, a discrição é o fator diferencial de seus produtos, os bonequinhos, quando não em seu uso primeiro, podem até ser integrados ao ambiente, servindo de enfeites, de bibelôs, e ficarem sobre uma prateleira, sobre a mesa de trabalho, em cima do computador, emprestando um ar descontraído e informal ao sisudo recinto de trabalho - e também um leve cheirinho de peixe.
Porém, em todos os exemplos citados - e nos inúmeros que deixei de - havia um sério problema : o fim da bateria. Como recarregar seu vibrador, tenha ele o formato que tenha, fora do seguro e íntimo recôndito do seu lar sem despertar suspeitas? O que fazem um batom ou um soldadinho inglês ligados à tomada?, poderiam perguntar alguns?
A matutar sobre essa questão - das mais urgentes, diga-se de passagem -, o engenheiro-designer Michael Topolovac, da Universidade de Stanford, saiu-se com a genial ideia. Nesse nosso tempo de aparelhos multifunções, ele resolveu acoplar um vibrador aos rotineiros pen drives, que todo mundo carrega para lá e para cá, sem despertar a menor suspeita. A vantagem é que ele pode ser recarregado em qualquer entrada USB.
Enquanto a diretora executiva de uma multinacional está lá, em plena reunião, com o pen drive em seu computador a mostrar as estatísticas da empresa para os sócios, o vibrador embutido no mesmo pen drive está a recarregar tranquila e discretamente suas baterias. E a diretora está serena, sabe que, ao fim da reunião, o seu amiguinho estará pronto para outra.
Batizado de "Duet", o brinquedinho é feito de silicone adequado ao corpo e metal, sendo desenvolvido
especialmente para o corpo feminino (mas tenho certeza de muito viadinho vai querer experimentar).
Ele tem dois motores, que são
capazes de produzir uma potente e precisa vibração exatamente no ponto
desejado.
O Duet tem quatro modos de vibração e cinco níveis
de potência, ajustando-se perfeitamente às necessidades de cada mulher. Além disso, o
vibrador ainda é à prova de água - tinha que ser, né? Vejam esquema detalhado do artefato, com descrições precisas de como otimizar seu uso.
O produto está disponível nas versões 8 GB e 16 GB de armazenamento, com preços de, respectivamente, US$ 149,00 e US$ 349,00. Caro? Barato? Sei lá.
Nem faço ideia de quanto custa um pen drive "normal". E muito menos de quanto custa um consolo, ora porra!!!
Ficaram curiosas para ver o soldadinho inglês e outros inusitados consolos? É só clicar aqui, no meu poderoso MARRETÃO, que, amanhã ou depois, quem sabe?, bem pode ser transformado em mais um modelo moderno de consolo.
Ficaram curiosas para ver o soldadinho inglês e outros inusitados consolos? É só clicar aqui, no meu poderoso MARRETÃO, que, amanhã ou depois, quem sabe?, bem pode ser transformado em mais um modelo moderno de consolo.
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