Confissão Na Base Da Vara

O homem de deus da foto ao lado é o frei Paulo Back, que estava prestes a completar 44 anos de sacerdócio na pequena cidade de Forquilinha (SC), onde iria até ser realizada uma festa em sua homenagem pelos ingênuos párocos. O frei era considerado pessoa ilustre na cidade, realizara centenas de casamentos, batizados e primeiras comunhões, era o padrinho espiritual quase que da localidade inteira.
Mas o que o filho da puta mais gostava era de ministrar o catecismo, um catecismo que faria corar os famosos "catecismos" do grande Carlos Zéfiro. Era na catequese, era na revelação da palavra de deus, um deus tão canalha quanto o frei, é que ele se esbaldava. Era no catecismo que o frei tentava aliciar menores com idades entre 11 e 13 anos para fins sexuais.
Agora, numa rara demonstração de honestidade e coragem, o juiz Fellipi Ambrósio condenou o frei a 20 anos de xilindró, em regime fechado. Sim, de coragem. Muitas vezes, ainda mais em cidades pequenas, fazer o óbvio demanda muita coragem. Aposto que existem batalhões de beatas que deporiam a favor do frei e que, nesse momento, estão a excomungar o juiz pela condenação do homem santo, estão a rezar para que o juiz queime no inferno, a rogar pragas, como boas cristãs que são.
A condenação se deu pela violação de dois menores, de 14 anos de idade, abusados pelo frei justamente na confissão que antecedeu a primeira comunhão dos dois. Os meninos deviam ser pecadores terríveis, e, bem aos moldes da idade média, pecador tem que confessar sob tortura, na base da vara, da vara do filho da puta do frei. E deve haver muito mais jovens violentados pelo frei, jovens que nunca o denunciaram, por vergonha e por sentimento de culpa. 
Sim, muitas vezes o abusado se sente culpado pela violência que sofreu. A religião católica é de tal forma escrota que transfere a culpa do "pecado" para a vítima , e isenta dela o desgraçado do "pecador". Se um sacerdote age como um canalha, se ele cai em tentação, a culpa não é dele, é daquele adolescente, no viço da idade, cheio de feromônios, a quem o doente mental do padre não consegue resistir.
O adolescente é que, às vistas da igreja, é uma espécie de enviado do demônio, uma provação para os fracos espíritos dos pulhas dos sacerdotes.
Tanto que a Justiça ouviu mais de 30 pessoas durante a tramitação do processo - vítimas, testemunha e o frei - e um dos depoimentos que mais chamou a atenção partiu de um dos meninos, violentado pelo frei na casa paroquial, quando foi até lá para pagar o dízimo. Depois do estupro, o frei disse ao menino que rezasse muito, para que os pecados dele, do menino, fossem perdoados. A igreja católica é especialista nisso, em pôr a culpa na vítima.
Como a Justiça desse país prioriza o vagabundo, cabe ainda recurso contra a sentença de condenação, que o advogado do frei solicitou que fosse cumprido em liberdade. O juiz Ambrósio negou, o frei continuará  trancafiado. Decisão das mais acertadas, diga-se de passagem. Uma vez em liberdade, não custa nada que a igreja suma com ele da paróquia de Forquilinha, que o esconda em outra diocese, talvez até em outro Estado.
Agora só resta derrubar o recurso e enjaular o frei. E na mesma cela que o já famoso Ditão Pé-de-Mesa. Daqui em diante, é o frei Back quem vai confessar na base da vara.
Em tempo : vejam como os tais dos fiéis são criaturas das mais tapadas, e nem digo isso pelo fato de acreditarem num deus invisível e improvável, mas por acreditarem que um suposto deus com tamanhos poderes nomeie representantes aqui na Terra, delegue poderes a ridículos humanos. O frei passou 44 anos a enrabar gerações e gerações de meninos, ia ser homenageado e havia uma comunidade de fiéis no Orkut que agradecia ao frei por ensinar que "o amor de deus é o mais importante para nós". Meninos foram e são violentados simplesmente porque um pulha veste uma batina e se diz representante de deus, e as pessoas acreditam, deixam seus filhos aos seus cuidados, e às suas perversões.
Fonte : Paulopes

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2 Comentários

  1. Agora ele será menageado por dois negrões pés de mesa.

    Viva o Catecismo !
    Viva Carlos Zéfiro !

    E que porra é essa de analisar o comentário antes de publicar ?

    Viva o Tio Sérgio !

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