Estudantes Em Greve Da PUC - SP Decidem Tirar Férias

O empossamento da reitora Anna Cintra deflagrou uma greve dos estudantes da PUC-SP, iniciada em 13/11/2012. Os alunos questionam a nomeação de Anna Cintra porque ela ficou em terceiro lugar na votação entre alunos, professores e funcionários da Universidade; não obstante, ela foi nomeada pelo cardeal Dom Odilo Scherer, grão-chanceler da instituição e presidente do Conselho Superior da Fundação São Paulo, órgão que administra a instituição. 
No que o cardeal fez muito certo, democracia à brasileira e à católica é isso : o sujeito tem o direito ao voto, se o resultado vai ser acatado, já é outra história. De mais a mais, a PUC não é uma instituição pública, ela tem dono, e o dono nomeia quem ele quiser, quem ele julgar melhor ao cargo e às suas conveniências.
Acontece que "estudante" é aquela merda, reclama, esperneia e faz birra sem se informar minimamente do estatuto que rege a instituição de ensino a que pertence. Acha que democracia é a vontade dele. Não é.
Pelo que entendi, a escolha do reitor na PUC se dá em 3 etapas. Na primeira etapa, há a votação dos alunos, professores e funcionários, os três nomes mais votados comporão uma lista tríplice; num segundo momento, essa lista tríplice é submetida à apreciação do arcebispo de São Paulo e grão-chanceler da PUC, atualmente Dom Odilo Scherer; na fase final, a escolha do reitor cabe ao arcebispo, que tem que se decidir por um dos nomes da lista tríplice, normalmente o mais votado pelos alunos, professores e funcionários. 
Normalmente, não obrigatoriamente. Portanto, Dom Odilo Scherer não infringiu nenhuma norma estatutária. Acontece que só o que o "estudante" espera da vida é uma chance para matar aula, e que melhor pretexto para tal que uma greve em defesa de seus "direitos", que melhor escaramuça para dar uma boa de uma coçada no saco que se lançar à luta pela cidadania?
Os grevistas querem que o candidato mais votado por eles assuma a reitoria, para que "a vontade da comunidade universitária seja respeitada". Quando o sujeito começa a dizer em nome de uma "comunidade", passo a desconfiar dele, rápida e profundamente.
Mas agora é fim de ano, e com ele, o recesso dos professores. Nada é mais sagrado que o recesso professoral, nem o natal, nem o cristo, nem Rodolfo, a rena do nariz vermelho. 
No recesso, para-se com tudo, inclusive com a paralisação. Em apoio ao recesso docente, os alunos também resolveram parar com a paralisação. Dar um tempinho com a greve para poderem curtir as merecidas férias. Estão pensando o quê? Ficar parado é foda. Fazer paralisação, ficar o dia todo discutindo Marx, a falência do capitalismo, a sustentabilidade do planeta e fumando maconha cansa pra caralho.
Com vistas a tanta fadiga, professores e alunos decidiram suspender a greve até janeiro de 2013, quando retornarão de seu merecido descanso para continuarem a ... ficar parados, a não fazer nada. Greve nas férias? Ninguém é de ferro, não é? E nem honesto o suficiente.
Estudar que é bom, ninguém quer.
Dou meu apoio a Dom Odilo Scherer, não se pode dar moleza a professores e, sobretudo, a estudantes.

Postar um comentário

0 Comentários