O Robô Cagão

Vem do Reino Unido o mais recente avanço em tecnologia robótica. Cientistas britânicos desenvolveram o protótipo de um robô que dispensa o uso de baterias, o que reduzirá a intervenção humana nas atividades da máquina, pois não háverá mais a necessidade de troca ou recarga.
O robô, batizado de EcoBot 3, conseguirá a energia para o seu funcionamento, simplesmente, comendo e processando a comida. 
Ele é capaz de gerar sua própria energia através de um dispositivo que converte resíduos orgânicos em eletricidade com a ajuda de micro-organismos; algo análogo ao que acontece com o ser humano. Ele pode processar qualquer tipo de matéria orgânica, mesmo lixo ou matéria em decomposição.
Teve dois predecessores : o EcoBot 1, que era alimentado com açúcar, e bactérias E. coli faziam o resto; o EcoBot 2, que já podia comer frutas e legumes podres, além de restos de insetos. Mas nenhum deles conseguia fazer o que faz todo mundo que come , ou seja, cagar.
O EcoBot 3 consegue. O EcoBot 3 é o primeiro robô cagão do mundo!
Ele é capaz de eliminar os resíduos de seu metabolismo, o que confere a ele o título de o primeiro "sistema artificial autossustentável", segundo os seus criadores. Inicialmente, os cientistas colocaram a comida do robô em locais fixos e específicos; depois de algum tempo, o robô era capaz de ir buscar seu alimento em outros locais.
O projeto foi desenvolvido conjuntamente pelas Universidades de Bristol e West England; os cientistas, animadíssimos, já preveem vários possíveis usos para o robo cagão.
Um deles seria enviar esses robôs a ambientes com alto grau de poluição orgânica, eles comeriam o lixo e limpariam o ambiente das substâncias tóxicas. 
Se bem que, nesse caso, acho que seria trocar seis por meia dúzia. Ou, mais grosseiramente falando, trocar merda por bosta, literalmente. O robozinho vai lá, comendo tudo o que vê pela frente, limpando tudo, daí a pouco, porém, começa a cagar tudo de novo. Limpa na frente e suja atrás.
Outra aplicação para o robô cagão, dizem os cientistas, seria usá-lo em explorações marinhas de águas profundas. O EcoBot 3 poderia passar mais tempo em grandes profundidades do que os equipamentos atuais, pois não teria que ser içado para troca das baterias (a falta de luz em ambientes profundos impede o uso de baterias solares nos equipamentos tradicionais), ele se alimentaria da biomassa dos ambientes abissais.
Até posso imaginar os relatórios dos pesquisadores : "A expedição abissal do EcoBot 3 foi um sucesso, ele realizou uma varredura em solos profundos como nunca antes realizada, e encontrou várias novas espécies, cinco espécies de peixes, oito de moluscos, quatro de crustáceos etc. Infelizmente, essas espécies já foram extintas, o EcoBot 3 precisou comer todas elas para se manter operante em sua missão".
E tem mais. Olhei para a foto do robô, olhei, olhei de novo, e não vi nenhuma estrutura que se pareça com um braço ou com uma mão. O que suscita uma última pergunta, urgente e inevitável : como é que o EcoBot 3 vai limpar o cu?
Fonte : BBC Brasil

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