(H)Ela, Afinal.

Que a Morte me chegue
Como a vida sempre me veio,
Inesperada, sem planos
Sem nada falar.

Que a Morte me seja
Como a vida sempre me foi,
Sem hora marcada, sem compromissos
Sem avisar.

E que venha me buscar
Depois de um banho
Quando eu ainda estiver com o cabelo molhado
Despenteado, esparramado pela testa.
Simplesmente bata à minha porta
E diga,
" - Vamos, estamos atrasados para a festa."

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2 Comentários

  1. Poema magnífico! Em tempo: gostei muito da letra do Raul. Assim como seu texto, é um soco na cara. Muito bom! Parabéns mesmo. Gostaria de ter escrito seu poema (mas falta-me "engenho e arte" para tanto).

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  2. Existe um gibi com a Morte (de Sandman) chamado A Festa, curiosamente.
    "Quando a Indesejada das gentes chegar" - Manuel Bandeira

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