Novo escândalo envolvendo o MEC. Escândalo? Não vejo o porquê. Há duas semanas, o MEC aprovou um livro de português, distribuído em mais de 4000 escolas de educação para jovens e adultos, cujas páginas defendem o uso errado da língua. Segundo o compêndio, está correto dizer "os livro", chegar na padaria e pedir "três pão" e, no supermercado, solicitar "duzentas" gramas de "mortandela" ao balconista. De acordo com os autores do livro, uns linguistas de merda, se a pessoa se fizer entender, está tudo certo, se o sujeito se comunicou, nenhum erro pode ser apontado em sua fala; corrigido, então, nem pensar, os autores falam em preconceito linguístico.
Então qual a surpresa de um livro de matemática que ensina que dez menos sete são quatro? Ou que dezesseis menos oito são seis e dezesseis menos cinco são sete. Ops, como professor estou cometendo um grave pecado peidagógico, não estou estabelecendo a interdisciplinaridade, dez menos sete não são quatro, dez menos sete "é" quatro, ou ainda, segundo o livro de português aprovado pelo MEC, dez "menas" sete "é" quatro.
Os livros com erros foram distribuídos a 39.732 classes multisseriadas da zona rural, presentes em 3.109 municípios e todos os Estados do país, essas classes atendem 1,3 milhão de alunos. Foram impressos um total de 7 milhões de livros a um custo de R$ 13, 6 milhões. Porém o ministro Fernando Haddad tranquiliza a população : como se trata de um livro de apoio, a interrupção de seu uso não acarretará em prejuízos aos discentes. A controladoria Geral da República abrirá sindicância, mas já sabemos onde isso vai dar. É mais fácil prenderem o Palocci, a Dilma e o Lula.
0 Comentários