Ribeirão Preto, uma espécie de sala de espera do inferno, está tendo um ano atípico de baixas temperaturas. Há mais ou menos um mês que as manhãs se apresentam próximas aos 14ºC e a previsão é que, na madrugada de hoje para amanhã, ela chegue aos inacreditáveis 7ºC.
Gosto do frio, pouco uso agasalho, quase nada, na verdade. Não é que não sinta frio. Sinto. Mas gosto da sensação dele, das suas ferroadas. Meu recorde de sair ao tempo sem agasalho é de 10ºC, ao menos que eu me lembre. Caso se concretizem os tais 7ºC, tentarei bater minha própria marca. Acordarei, correrei à sacada e, ansioso, olharei o relógio-termômetro luminoso do Bradesco no cimo de um prédio de frente para o meu, procurarei nele os 7 graus. Para aplacar a ansiedade da espera, abrandarei minha agonia com uma boa, densa e vermelha sopa de tomates e uma garrafa de vinho tinto.
Que venha Ymir, o gigante nórdico do gelo, que venha Bob Drake, o Homem de Gelo dos X-Men, que venha o Senhor Frio, inimigo do Batman, que venham soprar seus hálitos glaciais sobre mim.
Esfacelar-se-ão de encontro ao meu poderoso e ardente MARRETÃO.
Esfacelar-se-ão de encontro ao meu poderoso e ardente MARRETÃO.
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