Tudo bem, considero válida e meritória toda e qualquer atitude que vise desarticular e rechaçar o complô internacional para o embichamento planetário. Assim, parabenizo Carlos Apolinário, vereador pelo DEM na cidade de São Paulo, pelo projeto de lei que cria o Dia Do Orgulho Heterossexual. Se aprovado, o dia do Macho há de ser comemorado em todo o terceiro domingo do mês de dezembro.
O projeto estabelece que a data passará a constar do calendário oficial do município e afirma que caberá à Prefeitura de São Paulo "conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes", diz o texto. E o vereador garante que não é uma provocação à bicharada, afirma que seu projeto é mais para uma reflexão, os gays querem direitos ou privilégios?, ele pergunta. Óbvio que querem privilégios, fora a rola, é claro. E se fosse provocação? Qual o problema? Não pode provocar viado? Só eles podem?
Acontece que uma parada de machos me parece algo não só estranho como também inviável. Primeiro que combater o inimigo com as mesmas armas dele só vale se o cara tiver uma bomba atômica, quando a arma do inimigo é o jilozinho, é o bufante, eu tô fora. Segundo, ter orgulho exatamente de quê? De ter nascido com pau e macho? Orgulho do que é natural e normal, do evidente? Parece-me desnecessário.
E terceiro, macho que é macho não tem tempo nem disposição para sair pelas avenidas dando gritinhos e carregando cartazes e bandeiras. Macho que é macho fica em casa tomando cerveja e peidando alto, lendo Bukowski, assistindo Charles Bronson, Jece Valadão e Paulo César Pereio. Sei lá, isso da Marcha dos Espadas me parece meio que coisa de viado.
Eu apoio. Mas não marcho!
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