Há o tal princípio da isonomia na Constituição Brasileira, que "bondosamente" diz buscar garantir o direito à igualdade. Bom, primeiro que ninguém é igual a ninguém, existem os melhores, os não tão bons e a ralé, sempre houve, sempre haverá.
Entre um sem-número de direitos de igualdade que o princípio da isonomia garante, está o da igualdade trabalhista : pessoas de mesma formação profissional e realizando mesmas funções têm que obter iguais rendimentos por seus trabalhos. Besteira! Mais uma das inúmeras leis que protegem o vagabundo.
Fulano é médico, sicrano, também. Fulano é muito melhor médico que sicrano. Eu sou empregador dos dois e quero dar a fulano um aumento por suas maiores habilidades, por seus méritos. Mas sabendo que serei obrigado a dar mesmo acréscimo a sicrano, a beltrano e etc, pensarei dez vezes antes de fazê-lo. Primeiro que minha folha de pagamento ficaria onerada e, depois, sicrano receberia um aumento do qual não é merecedor.
Nas escolas, antigamente, as salas de aula A, B, C e assim por diante, eram realmente salas A, B, C e assim por diante. Na A, os melhores; na B, os medianos; na C, os com dificuldades de aprendizado, indo essa escala até os sofríveis e irrecuperáveis. Fazer isso, hoje, é discriminação, é preconceito. Mistura-se os ruins ao bons para que os bons não desenvolvam plenamente suas capacidades. O princípio da isonomia é também aplicado nas escolas, todo mundo é igual. E se não for, a escola dá um jeito de torná-los, nivelando por baixo. Não dá para fazer o burro aprender, então impeçamos o inteligente a isso, também.
No caso do fulano e do sicrano, o mais provável de acontecer é o empregador não dar o merecido aumento para o fulano. A obrigação legal de igualmente pagar muito a quem não merece faz com que o merecedor continue a ganhar pouco.
Fiz, no começo do ano, uma prova de mérito para aumento de meu salário e, como já expus aqui, foi uma prova questionável do ponto de vista de seus critérios e conteúdo cobrado, mas com o objetivo louvável de premiar o merecimento. Fui aprovado e começarei a receber meu acréscimo salarial nesse mês, eu e mais aproximadamente 20% do professorado de SP.
O sindicato e os urubus de plantão já estão na espreita. Assim que for emitido o primeiro holerith com o aumento, os canalhas entrarão na justiça para fazer valer o princípio da isonomia. Para receberem mesmo salário que o meu. Sem terem sido aprovados ou mesmo feito a prova. Vai ter muito professor pé-de-chinelo por aí, de péssima formação, praticamente semianalfabeto, ganhando a mesma coisa que eu.
Se isso acontecer de fato, o resultado é que não me submeterei a uma próxima prova dessa natureza. Também ficarei só esperando sair o primeiro pagamento e apelarei para a isonomia. Provavelmente, outros professores aprovados nessa vez também terão atitude parecida.
Mais uma lei que incentiva a vagabundagem.
Princípio de igualdade é o cacete.
Princípio da curra, isso sim : deu pra um, tem que dar pra todos. Indistintamente. E à força, que é como o canalha mais gosta.
Entre um sem-número de direitos de igualdade que o princípio da isonomia garante, está o da igualdade trabalhista : pessoas de mesma formação profissional e realizando mesmas funções têm que obter iguais rendimentos por seus trabalhos. Besteira! Mais uma das inúmeras leis que protegem o vagabundo.
Fulano é médico, sicrano, também. Fulano é muito melhor médico que sicrano. Eu sou empregador dos dois e quero dar a fulano um aumento por suas maiores habilidades, por seus méritos. Mas sabendo que serei obrigado a dar mesmo acréscimo a sicrano, a beltrano e etc, pensarei dez vezes antes de fazê-lo. Primeiro que minha folha de pagamento ficaria onerada e, depois, sicrano receberia um aumento do qual não é merecedor.
Nas escolas, antigamente, as salas de aula A, B, C e assim por diante, eram realmente salas A, B, C e assim por diante. Na A, os melhores; na B, os medianos; na C, os com dificuldades de aprendizado, indo essa escala até os sofríveis e irrecuperáveis. Fazer isso, hoje, é discriminação, é preconceito. Mistura-se os ruins ao bons para que os bons não desenvolvam plenamente suas capacidades. O princípio da isonomia é também aplicado nas escolas, todo mundo é igual. E se não for, a escola dá um jeito de torná-los, nivelando por baixo. Não dá para fazer o burro aprender, então impeçamos o inteligente a isso, também.
No caso do fulano e do sicrano, o mais provável de acontecer é o empregador não dar o merecido aumento para o fulano. A obrigação legal de igualmente pagar muito a quem não merece faz com que o merecedor continue a ganhar pouco.
Fiz, no começo do ano, uma prova de mérito para aumento de meu salário e, como já expus aqui, foi uma prova questionável do ponto de vista de seus critérios e conteúdo cobrado, mas com o objetivo louvável de premiar o merecimento. Fui aprovado e começarei a receber meu acréscimo salarial nesse mês, eu e mais aproximadamente 20% do professorado de SP.
O sindicato e os urubus de plantão já estão na espreita. Assim que for emitido o primeiro holerith com o aumento, os canalhas entrarão na justiça para fazer valer o princípio da isonomia. Para receberem mesmo salário que o meu. Sem terem sido aprovados ou mesmo feito a prova. Vai ter muito professor pé-de-chinelo por aí, de péssima formação, praticamente semianalfabeto, ganhando a mesma coisa que eu.
Se isso acontecer de fato, o resultado é que não me submeterei a uma próxima prova dessa natureza. Também ficarei só esperando sair o primeiro pagamento e apelarei para a isonomia. Provavelmente, outros professores aprovados nessa vez também terão atitude parecida.
Mais uma lei que incentiva a vagabundagem.
Princípio de igualdade é o cacete.
Princípio da curra, isso sim : deu pra um, tem que dar pra todos. Indistintamente. E à força, que é como o canalha mais gosta.
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