Itamar Franco, o Presidente do Fusca. E do Capô de Fusca.

Na segunda-feira, publiquei a respeito de duas pesquisas de intenção de voto para 2022, uma da Exame/Ideia, outra da CNN/Real Time Big Data, que mostraram a imbrochável popularidade de Bolsonaro em comparação às dos outros possíveis e prováveis candidatos capazes de lhe fazerem frente, Lula, João Dória, Ciro Gomes, Luciano Huck.
Disse que, dadas as opções nos oferecidas, outubro de 2022 tem tudo para ser o maior mês de Halloween de todos os tempos. Todas as assombrações supracitadas a bater em nossas portas com suas cestinhas em forma de urna eletrônica e a nos intimar : votos ou travessuras? Nesse halloween brasileiro, presenteemos ou não as assombrações com nossos doces votos, sabemos que as travessuras e as sacanagens virão. 
No fim da postagem, rendi-me a um momento de nostalgia, do tipo "éramos felizes e não sabíamos" : "Ah, que saudade do fusca e do pão de queijo do Itamar! Ah, que saudade do bigodão do Sarney (sem nenhuma viadagem)".
De Itamar Franco, vice de Fernando Collor de Mello, tornado no 33º Presidente do Brasil depois do impeachment do "caçador de marajás" de Alagoas, além do tradicional pão de queijo mineiro, lembrei-me também de uma outra dele preferência gastronômica : a esfiha aberta de bacalhau. Aliás, lembrei-me, não, a minha cabeça do pau me lembrou. Itamar Franco, defensor ferrenho da volta da produção em série do Fusca, era também muito chegado a um capô de Fusca!
No carnaval de 1994, Itamar Franco apareceu num camarote da Sapucaí muito bem acompanhado de uma do que hoje se chama de "modelo e atriz". Itamar apareceu pondo pra jambrar, ou pra sambar, nesse caso, ao lado da gostosa Lilian Ramos, uma emergente subcelebridade de então catapultada aos seus 15 minutos de fama pela grande semelhança física guardada com a cantora Fafá de Belém, 15 minutos que foram prorrogados por uns tantos outros por conta do polêmico episódio ao lado de Itamar Franco no Sambódromo do Rio de Janeiro.
Itamar Franco, solteiro que era, Lilian Ramos, idem, o inusitado casal a se divertir sob os eflúvios de Momo não teria rendido mais do que pequenas notas em jornais e colunas sociais da época. Se não fosse pelos trajes da moça.
Lilian, da cintura para cima, estava com tudo dentro dos conformes da moral e dos bons costumes, vestia uma larga camiseta toda estampada de flores, folhas de coqueiro e tal; da cintura para baixo, foi o que pegou, ou, ao menos, foi o que o Itamar pegou.
A incauta e distraída donzela usava uma microssaia, e, como foi registrado por um sortudo fotógrafo com um ângulo privilegiado de visão, apenas a microssaia. Sem nada por baixo. Muito mal os escassos e esparsos pentelhos aparados e depilados da xavasca.
A foto correu todos os jornais e revistas de variedades - viralizou, como se diz hoje - e a celeuma se instalou. Muito se falou, comentou e questionou sobre o comportamento inadequado ou não de Itamar Franco. Muito alarido se fez em torno do fato. Muito mais com a intenção de esticar o assunto e vender jornais e revistas, muito mais para dar assunto aos fofoqueiros de plantão, do que propriamente com o objetivo de usar a trapalhada do presidente como munição para lhe fazer oposição política, ou pedir o seu topete numa bandeja de prata.
Embora algumas vozes mais conservadoras e invejosas tenham se levantado na ocasião, nunca se falou a sério a respeito de um possível impeachment de Itamar por conta da peludinha peladinha. Até porque sempre rezou a lenda, sempre correu à boca pequena, que o presidente impedido Fernando Collor de Mello, para evitar a coriza e a fungação típicas dos cocainômanos, era chegado em enfiar supositórios de cocaína no cu. Fato ou boato, ter em Itamar Franco um presidente que, visivelmente, preferia pôr no toba alheio do que levar no seu próprio, que era um macho comedor das antigas, foi, de certa forma, um alívio para a nação.
Fosse hoje em dia, fosse Bolsonaro, as duas cabeças do Mito estariam a prêmio. Feministas, LGBTs e PSOListas o estariam acusando de machista, sexista, objetificador de mulheres, assediador, estuprador etc.
Lembrei-me - lembrou-me a cabeça do pau, como eu disse - dessa célebre peripécia de Itamar Franco quando finalizei a postagem dizendo do fusca e do pão de queijo, cheguei a pesquisar e a encontrar uma foto da Lilian Ramos com a referida esfiha aberta de bacalhau exposta, sem aquela tarja preta de censura a cobri-la, mas preferi deixar o caso de fora da postagem, ele não fazia muito sentido por lá. Apenas salvei a foto em meus arquivos secretos.
E por lá ela ficaria até o final dos tempos, ou até o HD do meu velho computador queimar. Ficaria. Se não fosse pelo Pateta, leitor das antigas do Marreta, que, a julgar pelo comentário que fez, não tem nada de pateta : "Saudade da gostosa da Lilian Ramos sem calcinha ao lado do Itamar no carnaval, saudade do Plano Real e por aí vai...eram tempos mais ingênuos e otimistas. No caso das eleições 2022 vou abrir uma exceção: rezo a Crom e Mitra para que estes prognósticos se cumpram. Abraços!".
Prometi-lhe, então, uma postagem exclusiva sobre o caso Itamar/Lilian Ramos. Pois aí está, caro Pateta. Aí está Itamar Franco e a suculenta e suadinha Lilian Ramos, a (ul)trajar a sua já lendária microssaia, a desfilar pelo Sambódromo em seu já mitológico abajur de perereca.
Itamar é o Presidente do Fusca! E do capô de fusca!
É a rachadinha do Itamar!
Pããããããta que o pariu!!!!!!

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6 Comentários

  1. Presidente raiz em tempos menos frescurentos. 1994 ...quantas saudades!

    Cássio - Recife/PE

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  2. Bateu uma nostalgia.Bons tempos das pererecas tomando um arzinho.Pena a foto não ser maior.Essa foi a rachadinha do Itamar.

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  3. Promessa cumprida no "Fio de bigode" amigo Marreta, bem a moda daquele antigo e honrado acordo de cavalheiros que também não existe mais hoje em dia. Promessa cumprida e muito bem cumprida! Valeu rs. Abraços!!!

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