Corações Sem CEPs Nem Logradouros

Ela mora
Na última casa,
Sem número,
Da rua sem saída
Da minha solidão.
 
Ela mora
Na última porta
Na última janela
Sem tramela
Sem gelosia
Do beco escuro
Do meu coração.
 
E eu,
Senhorio tímido.
 
Sem coragem
De lhe declarar o meu amor
(nem mesmo de lhe cobrar o aluguel).

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