No que teria acontecido pra que eu tenha me tornado EU.
Em como cheguei a esse ponto,
O que murchou?
Onde minha meada se fez desencontro?
O que feneceu?
Foi quando vi aquele pôster antigo!
Pensava, cá comigo,
Foi quando vi aquele pôster antigo!
Pensava, cá comigo,
Onde minha alegria teria capitulado,
O que degringolou?
Como cheguei a tal estado?
Foi quando vi aquele pôster há tempos escondido!
Pensava, assim meio entretido,
Foi quando vi aquele pôster há tempos escondido!
Pensava, assim meio entretido,
Em onde meu ânimo teria se rendido,
O que gangrenou?
Como atingi essa total falta de sentido?
Foi quando vi aquele pôster sabendo à naftalina e pó!
Foi quando vi aquele pôster sabendo à naftalina e pó!
Pensava, por pensar, nessa minha sina só
Tentando achar a rachadura por onde minha força escorreu,
O que definhou?
Onde tudo se escondeu?
Foi quando vi aquele meu pôster de criança!
E já estava lá essa minha face.
Foi quando vi aquele meu pôster de criança!
E já estava lá essa minha face.
De descaso e desesperança.
Nada em mim se estragou,
Nada se desvirtuou,
Nada apodreceu :
Aquela criança do pôster
Há muito já era EU !
4 Comentários
Parabéns! Excelente texto!
ResponderExcluirobrigado!
ResponderExcluirCaro Azarão:
ResponderExcluirNormalmente eu não curto poemas mas, VOCÊ É O CARA!
Lindo texto.
Valeu, meu caro!!!
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