Ribeirão Preto, a Capital Nacional do Sapatão

Vizinha a Ribeirão Preto (SP), Franca é conhecida como a capital nacional do sapato, em clara alusão à sua pujante indústria calçadista. Não sei se Franca ainda é detentora legítima desse título, ou se foi sobrepujada por Jau, socorra-me, aqui, Leitinho.
De qualquer forma, ser munícipio vizinho a Ribeirão Preto não costuma ser bom negócio. O povo ribeirão-pretano, além de mal-educado pra cacete, é invejoso pra caralho. Quer tudo o que o outro tem, quer solapar as glórias e conquistas de outrem.
E Ribeirão Preto tanto fez, tanto fez, que está em vias de desbancar a irmã Franca, está prestes a se tornar a capital nacional do sapatão.
É bem como vaticinou Chacrinha, garoto levado da breca : "o sapatão está na moda, o mundo aplaudiu, é um barato, é um sucesso, dentro e fora do Brasil..."
E em Ribeirão, o quarenta e quatro bico largo é o que há de mais em voga, de mais in (que coisa viada, isso de in) : "as mulheres lideram o ranking dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo em Ribeirão Preto. No ano passado, das 35 uniões homossexuais registradas nos cartórios da cidade, 25 foram entre mulheres. O número é mais do que o dobro dos dez casamentos registrados entre homens". (Jornal A Cidade)
Os especialistas - já reparam que tem especialista pra tudo quanto é porra? - afirmam que tal superioridade numérica de casamentos de aranha com aranha, em detrimento aos de jiboia com jiboia, deve-se ao sonho feminino do matrimônio. Além disso, após oficializarem em cartório a colação de velcro, elas passam a ser mais respeitadas pela sociedade, pois o casamento transmite uma imagem de seriedade, compromisso e respeito.
O Azarão - e não me deixam mentir as inúmeras postagens elogiosas e laudatórias aqui no blog - sempre foi um grande apoiador e simpatizante da união homoafetiva entre caranguejeiras, entre alegres e desenlutadas viúvas-negras, entre tarântulas a dançar sua louca e frenética tarantela. Sou um verdadeiro mecenas das aranhas!!!
Parabéns, meninas, parabéns!!!
E Ribeirão Preto, já chamada de a capital do café, a capital da cultura, a califórnia brasileira, capital sucroalcooleira, finalmente, recebe um epíteto meritório : a capital nacional do sapatão.
Valha-me São Raul, o que é que essas aranhas estão fazendo aí no chão? Uma em cima, outra embaixo, e a cobra perguntando, onde é que eu me encaixo?

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