Azarões, os Ateus de Freud

Aos comuns,
Aos de vida de gado,
Freud impôs logomarca,
Código de barras (grades),
Rótulo com composição química :
Contém Id, Ego e Supergo.
A Santíssima Trindade
De um (considerado) deus,
Insano (mais um),
Mamador de charuto 
(onde quereria uma pica),
Comedor de bosta
E lambedor de buceta de mãe.

Aos Azarões,
Aos à margem, aos que comem pelas beiradas,
Não nos trancafiou 
(não conseguiu) 
Em seus campos de concentração arquetípicos
Não nos tatuou 
(somos cascas grossas )
Números nos antebraços,
Não nos catequizou,
Não nos enrabou em seu divã
(que cu de Azarões é de mão única, só sai).

Nós, os Azarões
Somos os ateus de Freud,
Não cremos no id, ego e supergo
(não somos compostos por eles).
Somos além
Somos para o alto e avante
Somos puro alterego.

Um Eu? Puta chatice!
Um Super-Eu? Só um idiota com cuecas vestidas por sobre as calças.
Para que o fastio de ser uma única coisa,
Ou o trabalho de ser super essa mesma coisa,
Se se pode ser vários? 

Nós, Azarões
Somos alteregos.
As melhores segundas opiniões,
As melhores Pessoas que um Fernando pode ser
Os melhores Mrs. Hydes.

Postar um comentário

0 Comentários