64 Neles Outra Vez Brasil !!!

"Uma reportagem da "Telesur" expõe a aproximação entre o governo bolivariano da Venezuela e o MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Representantes revolucionários estariam treinando o MST em território brasileiro." - Folha Política.
 
No distante e saudoso ano de 1986, o Hino Nacional de Joaquim Osório Duque Estrada e Francisco Manuel da Silva foi substituído por um diferente brado retumbante de um povo nada heróico : "Ô, ô, ô,ô, ô,ô,ô,ô /Um grito novo a torcida uniu /70 neles outra vez Brasil /Ô, ô, ô,ô, ô,ô,ô,ô /Um grito novo a torcida uniu /70 neles, 70 neles /70 neles outra vez Brasil".
Era a música 70 Neles, gravada por Gal Costa. Era a Copa do Mundo de futebol de 1986, no México. 70 Neles foi o Hino da Copa de 86, o grito de guerra nacional. Que Copa do Mundo, ó Brasil, é a única ocasião em que um filho teu não foge à luta e nem teme se lhe desafia o peito a própria morte.
70 Neles virou uma praga, invadiu as ondas das rádios e TVs, navegando em cada frequência o espaço nosso nessa decadência. Tornou-se viral, como se diz nos dias correntes. Também era época dos LPs de vinil e das fitas cassetes. Muitas vezes, eu estava lá, de tocaia a tarde inteira, à espreita de que tal música tocasse na rádio para eu acionar o REC do gravador e registrá-la em ferro ou cromo. No meio da música, o porra do disc-jóquei soltava a vinheta : "Ô, ô, ô,ô, ô,ô,ô,ô /Um grito novo a torcida uniu /70 neles outra vez Brasil. Pããããta que o pariu. Mas minha vingança não tardaria. Volto a ela daqui a pouco.
A voz de comando de 70 Neles era bem clara. Um conclame ao povo e à sua seleção de futebol para que invocassem das profundas e reencarnassem o espírito inquebrantável da seleção de 1970 - Tostão, Gérson, Rivelino, Pelé. Para que enfrentássemos o inimigo - italiano, sueco, frânces, holandês - e o abatêssemos sumariamente, sem lhe dar chance de defesa, apelação ou recurso. Para que enfiássemos goela abaixo e rabo adentro do adversário toda a técnica, habilidade e malícia do futebol brasileiro. Para que fizéssemos do nosso futebol arte, do nosso futebol moleque, o Waterloo das outras seleções.
E exército para isso, parece que tínhamos. Sócrátes, Zico, Falcão, Júnior, Branco, Careca etc; por alguns hereges do esporte, considerado um time mesmo superior ao de 70.
Não obstante a afinada Gal Costa, a seleção sentou na guacamole já nas quartas de final. Perdeu para a França, no inesquecível pênalti chutado por Zico, para fora. Acho que a Gal Costa zicou o Zico. O fatídico chute para fora deu origem à maldição dos pênaltis. Até hoje, uma decisão por pênaltis faz a seleção tremer nas bases, faz amarelar o escrete canarinho.
Jogo perdido, a minha vingança. Liguei para a rádio, o locutor atendeu e eu disse que gostaria de pedir uma música. Pode pedir, respondeu-me. Facilmente notava-se o tom de desânimo em sua voz - o jogo mal acabara há uns 5 minutos. Mandei na lata : toca 70 Neles!!! Só ouvi o telefone sendo batido na minha cara e um "filho da puta" ao fundo. Que cara mais sem esportiva, caralho.
Pois um novo Hino se faz agora necessário, um novo brado retumbante. Um novo conclame de enfrentamento ao inimigo. Que não são as seleções adversárias. Que é o mesmo inimigo de 50 anos atrás. Que já existia na época da Copa de 70, mas que estava muito bem guardado nas prisões e porões.
Deixo aqui já o título, para que alguém mais habilidoso que eu vista-lhe de letra e música : 64 Neles!!!
64 Neles outra vez Brasil!!!
Mas é bom que fique claro : 64 Neles, em quem, cara-pálida? Na canalha vermelha, lógico.
No comunista safado que quer ter seu carro, sua casa, sua propriedade privada, enfim. Ou seja, usufruir do conforto e das vantagens do capitalismo sem, no entanto, trabalhar para isso, sem pegar no batente. Tudo na base da "justiça social".
64 na moleira do vermelho de boutique, que prega a justa divisão de renda. Renda de quem, cara-pálida? Dos outros, óbvio. Trabalhar está fora de questão para ele. Para ele, trabalhar é fazer passeata e participar das reuniões do sindicato.
64 no rabo do vermelhoide de farmácia, do rubro falso, fake, fingido, tingido de ruivo : o comunista Wellaton! E tá cheio de comunista Wellaton no Brasil (o Chico, no caso, é o comunista L'oreal, de Paris). 64 Neles outra vez Brasil. Farpa de bambu embaixo das unhas, choque no saco, sertanejo universitário o dia todo e a máximo volume.
Para o restante do povo, para o trabalhador, para o ordeiro - que é o grosso da população -, a democracia, a liberdade de expressão. O direito garantido e eterno de manifestar sua opinião, seja entre colegas do trabalho, seja na mesa do bar, entre familiares, nas filas dos mercados, dos bancos, de ônibus, nas urnas. Que exprimir sua opinião de forma disciplinada e pacífica é mais que salutar. Liberdade para quem merece a liberdade, para quem não quer tomar o que é dos outros para si.
Para o comunista Wellaton? Não há dúvidas : 64 neles outra vez Brasil!

Em tempo e a esclarecer : o parágrafo inicial dessa postagem é um excerto de uma notícia dada pela TV venezuelana TeleSUR, segundo a qual a Venezuela firmou acordo com o Movimento dos Sem-Terra do Brasil, para dar-lhes treinamento. Treinamento em quê? Técnicas de cultivo, irrigação, adubação verde? Porra nenhuma. Doutrinação comunista, isso sim. Quem sabe até técnicas de combate e guerrilha urbana. O Itamaraty investigará a questão. Pois é um sério agravo à soberania nacional. Se só isso já não for uma boa razão para uma intervenção militar, eu não sei mais o que é. O PT, lógico e como sempre, disse que não sabe de nada. Para quem queira ler a reportagem na íntegra, é só clicar aqui, no meu poderoso MARRETÃO.

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