Mais uma da série "Eu te disse, eu te disse...", mais uma que o Azarão, por triste experiência própria, sabe de velho e que a ciência, só agora, começa a constatar : que celulares, iphones, smartphones e o caralho a quatro, ou seja lá como, a cada dia, resolvem nomear essas estrovengas eletrônicas, causam graves danos ao aprendizado, danificam os processos cognitivos mais básicos do ser humano, fritam, literalmente, sim a maioria desses aparelhos funciona à base de micro-ondas (a mesma do forno), o pouco cérebro que a maioria da população traz dentro da caixa craniana. E mais : são cancerígenos.
Sou professor. Trabalho - tento trabalhar - com jovens na faixa dos 14 aos 17, 18 anos e, diariamente, a cada minuto, deparo-me com jovens totalmente hipnotizados pelas telas desses aparatos. Olhem para o semblante de alguém a utilizar um celular : totalmente desprovido de expressão, embotado. Cara de pastel. Um verdadeiro paçocão. É obvio que aquela mente nada mais processa, nada mais digere; por ela, só há um tráfego absurdo e violento de informações fúteis, um estupro das sinapses, que de tão violentadas, que submetidas a tamanha dor, simplesmente optam por se abster do ato, desligam-se. O usuário contumaz desses aparelhos deixa de ser um espectador, capaz de perceber, discernir e avaliar o que lhe cai às vistas, passa a ser um mero retransmissor, a máquina o transforma em outra.
Façam um teste simples. Tomem alguém que tenha lido atentamente um livro (de papel) e lhe pergunte sobre sua leitura : em graus maiores ou menores de capacidade narrativa, o básico da história será contado a você, o cerne do assunto, do enredo, será lembrado. Por outro lado, tome um desses idiotas que passam o dia todo ao celular, conectado ao mundo, como eles dizem - a que mundo, cara-pálida? Pergunte a um verme desse por algum fato ou notícia interessante que ele tenha lido. Ele o olhará com uma cara cinza, não conseguirá contar nada, absolutamente nada; no máximo, lembrar-se-á de uma mensagem enviada a um amigo, ou recebida dele, os grunhidos cibernéticos que hoje eles chamam de linguagem.
Um jovem viciado nesses aparelhos vive alheio ao real, vive numa matrix dentro da matrix, é incapaz de perceber o mundo exterior, é incapaz de ler um simples texto e relacioná-lo com uma situação da vida real. Em suma : é incapaz de ler.
Tanto que - e por mais absurdo que lhes pareça o que direi a seguir, podem me acreditar - uma das "metas do milênio" da escola pública do estado de São Paulo é que o aluno saia de sua tutela, ao término do ensino médio, ou seja, com 17 para 18 anos, sabendo ler. Sim, sabendo ler. Conseguindo decifrar as diversas linguagens, textos, gráficos, tabelas etc. A meta da educação pública, hoje, é que o cara saia da escola, com quase 20 anos, sabendo ler. Pãããããta que o pariu!!!!!
Quando eu era aluno, nos tempos em que escola era escola, essa era a meta pretendida ao fim da primeira série do ensino primário. E evidente que fosse. Para prosseguir às séries seguintes, nós tínhamos, pasmem, que saber ler. E, que se arrepiem os pelos dos cus de todos os peidagogos escrotos desse país, saber as tabuadas do 2 ao 9 na ponta da língua, decoradas. DECORADAS!!!! Morram de infarto, peidagogos de bosta. E querem mais? Se não soubéssemos ler, éramos reprovados, justamente REPROVADOS!!! Morram de hemorragia nas hemorroidas, teóricos da educação da porra.
Claro que os aparelhos digitais não são os únicos culpados pelo semianalfabetismo nacional, os vejo como medalha de bronze. Em primeiro lugar, o descaso da maioria das famílias para com a educação de seus filhos, das famílias que terceirizam a criação de seus filhos para o Estado, para a maioria das quais a escola é só um lugar pra deixar os filhos enquanto estão no trabalho, um lugar onde seus filhos estão guardados, bem cuidados e bem alimentados.
Em segundo lugar, a hedionda progressão continuada, que torna ilegal a reprovação do aluno até a sétima série do ensino fundamental, ou seja, não existe reprovação legal, até a idade de 13 anos, para o aluno que seja frequente ao ambiente escolar, até a idade de 13 anos, o discente simplesmente não precisa estudar, não cria hábito de estudo, nenhum método ou disciplina, e qualquer órgão que não seja exercitado e desenvolvido na idade certa fica prejudicado para sempre; com o cérebro, não é diferente.
Por fim, em terceiro lugar, entram os celulares e outros que tais, para sedimentar a ignorância, para preencher o vazio deixado no cérebro por uma educação negligente e permissiva. No Brasil, eles não são, por enquanto, os desencadeadores do baixo aprendizado, são os arrematadores. No Brasil, os celulares têm dado o xeque-mate numa geração inteira de educandos, estão anulando as últimas chances de algum aluno, um dia, se interessar pelo verdadeiro estudo.
Já ouvi e não foi só de um aluno : pra que ficar estudando, pra que ir na biblioteca, ler livros, resumir e fazer um trabalho? Tá tudo aqui, no Google. O sujeito acha que o Google é uma extensão do cérebro dele, que o que está no Google, ele sabe e domina. O sujeito que bem manipula um celular nada mais é que um mero chimpanzé mediamente adestrado, um rídiculo apertador de botões, mas por ser usuário de uma tecnologia de ponta, julga-se inteligentíssimo. Ao contrário, um retardado, um débil mental, um demente é o que ele é.
As conclusões que reproduzirei logo a seguir são parte do resultado de um estudo conduzido por dois grandes institutos norte-americanos, Sociedade Canadense de Pediatria e Academia Americana de Pediatria.O estudo trata somente dos prejuízos causados em crianças, mas garanto que eles podem ser também estendidos aos adultos. Como eu posso garantir? Podendo. Duvidam? Esperem, a ciência, um dia, lhes confirmará.
Abaixo, alguns resultados do estudo :
"Você deixa que seus filhos pequenos ou outras crianças tenham acesso a smartphones ou tablets? Pois saiba que isso pode acarretar uma série de problemas no desenvolvimento deles. Dois grandes institutos da América do Norte — Sociedade Canadense de Pediatria e Academia Americana de Pediatria — foram responsáveis por uma série de estudos bem profundos sobre isso.
A conclusão a que chegaram é bem interessante. Segundo os especialistas, há diversos problemas causados pelos eletrônicos em crianças de até 12 anos.
1. Problemas de desenvolvimento cerebral
1. Problemas de desenvolvimento cerebral
Os cérebros dos bebês crescem muito rapidamente nos primeiros anos de vida. Até completar dois anos, uma criança tem seu órgão triplicado em tamanho. Nesse período, os estímulos do ambiente — ou a falta deles — são muito importantes para determinar o quão eficiente será o desenvolvimento cerebral. Alguns estudos mostram que a superexposição a eletrônicos nesse período pode ser prejudicial e causar déficit de atenção, atrasos cognitivos, distúrbios de aprendizado, aumento de impulsividade e diminuição da habilidade de regulação própria das emoções.
2. Obesidade
2. Obesidade
Você já deve ter ouvido alguma afirmação similar a: “As crianças do século 21 fazem parte da primeira geração de pessoas que não vai viver mais do que os próprios pais”. Um dos grandes motivos para isso é a obesidade, que pode sim estar ligada ao uso excessivo de eletrônicos. Estima-se que crianças com aparelhos no próprio quarto têm 30% mais chance de serem obesas do que outras.
3. Problemas relacionados ao sono
3. Problemas relacionados ao sono
A constante utilização dos aparelhos pode acabar gerando dependência em diversos graus diferentes. Um dos problemas relacionados a isso está no fato de que muitas crianças deixam de dormir para jogar, navegar ou conversar nos aparelhos. Além das consequências psicológicas causadas por isso, também é preciso lembrar que a falta de sono noturno pode gerar problemas de crescimento.
4. Problemas emocionais
4. Problemas emocionais
Há estudos de diversas partes do mundo ligando diretamente a utilização excessiva de tecnologia a uma série de distúrbios emocionais. Entre os mais citados pelos pesquisadores estão: “Depressão infantil, ansiedade, autismo, transtorno bipolar, psicose e comportamento problemático”. Crianças tendem a repetir comportamentos dos adultos e de personagens que consideram referências. Logo, a exposição a jogos e filmes com violência excessiva pode causar problemas de agressividade também às crianças de até 12 anos.
5. Demência digital
5. Demência digital
Psicólogos e pediatras dos institutos já mencionados afirmam: “Conteúdos multimídia em alta velocidade podem contribuir para aumento o déficit de atenção.”. Além disso, a exposição a isso também causa problemas de concentração e memória. O motivo para isso seria a redução de faixas neuronais para o córtex frontal, que acontece pelo mesmo motivo recém-mencionado.
6. Emissão de radiação
6. Emissão de radiação
A discussão sobre a relação entre o uso de celulares e o surgimento de câncer cerebral ainda é bem polêmica — e pouco conclusiva. Mas há algo em que os cientistas concordam: as crianças são mais sensíveis aos agentes radioativos do que adultos. Por causa disso, pesquisadores canadenses acreditam que a radiação dos celulares deveria ser considerada como “provavelmente cancerígena” para crianças.
Fonte : Tecmundo
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