Tenho certeza de que nunca ninguém ouviu a avó se queixar de ansiedade, angústia ou depressão. Por um simples motivo, esses transtornos "modernos" advêm de, primeiro, muito tempo livre, depois, de uma falta de organização interna. Qual era a receita de nossas avós ? Arrumar e organizar a casa. É incrível o número de afazeres diários requisitados para um lar se manter habitável. Milhares de pequenas ações, milhares de conexões cerebrais para dar-lhes melhor sequência e cumprimento. Se houver crianças na casa, então, esse número triplica. Outra coisa, artrite, artrose, osteoporose também são males "modernos". Nossas avós lavavam e torciam a roupa no muque, faziam a massa do pão, macarrão e etc. Mens sana in corpore sano.
Em concordância com meu ponto de vista "machista", está a atriz Helena Bonham Carter, esposa do diretor Tim Burton, a rainha vermelha de Alice no País das Maravilhas. Em entrevista à emissora britânica Radio Times, declarou que os trabalhos domésticos são como uma terapia para ela, e até dispensou o analista; disse: "Agora compreendo que quando temos uma casa arrumada, isso também organiza a cabeça".
E não foi isso mesmo que eu falei no início?
A liberação feminina foi um engodo e as mulheres caíram nessa feito patinhas. Para essa corrente "libertária", ser moderna e independente é se igular ao homem, é deixar de ser mulher. Uma das maiores idiotices que já ouvi. Ser moderno, e isso vale para homens e mulheres, é ser competente e organizado nos âmbitos profissional e no pessoal, no caseiro. Trabalho doméstico não desmerece ninguém, muito pelo contrário, ele, muitas vezes, é mais complexo e meticuloso que o trabalho profissional. Depressão e ansiedade não entram onde há organização e método.
Nossas avós estavam certas, Helena Bonham Carter está certa, Chico Buarque e suas mulheres de Atenas estão certíssimos.
Queimar sutiãs só lhes serviu de uma coisa, mulherada : deixar-lhes com os peitos caídos antes da hora.
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