A Burrice Genética

James Watson e Francis Ckick determinaram a estrutura do DNA há cerca de 50 anos, num golpe de genialidade. São os "pais" do DNA, esses senhores.
E foi de um deles, Watson, em 2003, que veio a afirmação categórica : "a burrice é genética".
Não a burrice adquirida, a burrice comportamental, aquela proporcionada pela preguiça e/ou desinteresse.
Há casos, segundo Watson, de incapacidade real de aprendizado, uma burrice genética de fato, e esses casos atingem perto de 10% da população. Essa burrice congênita é dada por anomalias em certos genes, a exemplo de outras anomalias como a hemofilia, a diabetes e etc.
"Negar esse fato é também negar uma chance de tratamento a essas pessoas", diz Watson. E aí é que residem os verdadeiros preconceito e discriminação.
Agora vêm minhas observações sobre.
Sendo essa burrice ocasionada por genes, ela é sujeita à seleção do ambiente onde está inserida : se uma característica é vantajosa, ela é mantida pelo ambiente; caso contrário, é eliminada. Alguém consegue supor um ambiente que dê preferência à burrice?
Eu, sim. A escola atual. Sobretudo a pública, ainda que isso já não seja exclusividade dela.
Acontece que o ambiente escolar, hoje, tem selecionado preferencialmente a burrice genética, tem favorecido a fixação da burrice inata. É um ambiente onde impera a tolerância, a permissividade, a desorganização, a falta de disciplina, a baderna como regra, o analfabetismo docente (sim, os baixos salários "selecionam" a escória da categoria), as peidagogias perniciosas e libertinas.
Aluno sem conhecimento, nem disposição para obtê-lo, sempre houve. Mas hoje a situação é mais grave, bem mais grave. Hoje, uma grande parcela dos alunos não é capaz sequer de processar uma informação recebida, não é capaz de decidir se uma informação é concernente ao conteúdo em questão.
Fim de bimestre, eu submeto meus alunos a uma apresentação de seminários (eu também tenho o direito de me divertir), em grupos de 4 integrantes, para facilitar-lhes a tarefa. Ontem recebi um trabalho sobre a Mata Atlântica e, ao fim do trabalho, lá estava uma lista de animais em vias de extinção : baleia azul, cavalo da Mongólia, cervo do Pantanal, chimpanzé, coala, dragão de Komodo, elefante africano (sim, a África deve ficar por ali entre Santos e Cubatão), gorila, guepardo, leão africano, leão-marinho, orangotango, panda gigante e, o meu preferido, leopardo das neves (esse deve habitar a Mata Atlântica ali pela Bahia, próximo de onde Cabral aportou, ou quem sabe um pouco mais acima, lá pelo Ceará, vivendo em harmonia com a tribo de Peri e Ceci).
Que o cara imagine que o chimpanzé viva por essas plagas ainda vá lá, macaco dá em todo lugar. Mas e os bichos cujos nomes são indicativos de sua origem geográfica?
Não leem, não atinam para nada, são incapazes de processar uma informação.
Um outro aluno criou uma nova marcação de tempo. Aos usuais "antes de Cristo" e "depois de Cristo", ele acrescentou um revolucionário e inovador "durante Cristo"; d.C. é durante Cristo para o sujeito.
E isso tudo só ontem.
Esses alunos são portadores, certamente, da burrice genética de que fala Watson. Eles têm acesso à escola, a livros que são dados gratuitamente pelo estado, à internet, porém tem um cérebro refratário a qualquer tipo de conhecimento sistematizado.
A escola de outrora eliminava o burro genético de seus quadros e o sujeito ia se meter em outras atividades, ia cuidar da vida, aprender um ofício como se dizia à época, e muitas vezes acabava se saindo muito bem (essa escola era honesta, dizia pro sujeito que ele não servia para aquilo e o cara ia procurar outra coisa).
A escola atual, a dos peidagogos, acolhe de braços abertos o burro genético e lhe diz que ele não é burro, diz-lhe que tem potencial e o obriga por lei a passar quase 20 anos de sua vida entre seus muros protetores. O cara cai no mundo externo tão burro quanto entrou. E sem nunca ter olhado para outras possibilidades. Aos 18 anos de idade, a maioria está morta, irá viver de subempregos o resto de suas vidas.
Qual é a escola mais cruel? A de outrora ou a atual, a dos peidagogos?
A burrice genética existe, sim. Elementar, meu caro Watson.
Não acreditam? Fodam-se.
Ou vão lá, discutir com James Watson, o pai do DNA.

Se quiserem ler as declarações de Watson sobre a burrice genética é só fazer o de sempre, dar uma clicadinha aqui, no meu poderoso MARRETÃO.

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