Noites sem Álcool, Sem Meteoros, Sem Luas Cheias, Sem Raul, Sem Cafés Coados em Coadores Encardidos de Pano, Sem Cafunés, Sem Amanheceres Excruciantes, Sem Buscas Por Farmácias De Plantão em Busca de Dipirona; Cabeça sem dor, Sem Arrependimentos, Sem culpas ou Ressacas Morais; Leve Demais Para Ser Cabeça; Pesada e Insustentável Demais Para Ser Vida
Esta postagem é a mais inesperada que eu jamais conseguiria imaginar. O título é o texto e o texto está no título. Além do mais, a imagem de um provável Azarão de cabelos totalmente brancos! Seria mesmo você? Seria como na música Strawbery Fields Forever? "Nada é real e não há nada com o que se preocupar"? Não se leu minha resposta a um comentário que você fez no Blogson. Em todo caso, até mesmo apar se divertir um pouco, transcrevo o que escrevi: "Realmente, você deve sofrer muito em sala de aula. Já pensou em trocar biologia por alfabetização para adultos? É provável que tenha mais sucesso (e ainda sugere o blog como material didático)". Mas se nada disso adiantar, sugiro que ouça a música dos Beatles, uma das mais lindas compostas pelo John Lennon. Para facilitar, eis o link um dos) https://www.youtube.com/watch?v=oUu-2zi8pwc E fique bem.
Já tinha visto sua resposta, sim. E, acredite, se ainda houve algo como o Mobral, eu também acho que eu me sentiria melhor, mais útil. Quando comecei a dar aulas, isso lá em 94, 95, cheguei a pegar algumas salas noturnas de supletivo de ensino médio. A maioria era de pessoas já bem mais velhas que eu, com trinta e poucos à época, pessoas que precisavam do certificado para manterem ou evoluírem em seus empregos. Foram dois anos muito bons. Eles, claro, tinham muita dificuldade, mas havia um respeito que hoje me parece até algum sonho. Hoje em dia, existe o EJA (educação de jovens e adultos), mas as salas são compostas não por pessoas mais velhas, mais responsáveis, são formadas pelo lixo do lixo, por aqueles alunos que querem menos ainda merda nenhuma. Peguei uma sala dessa esse ano, para ganhar uns caraminguás a mais. Já me arrependi. Sim, sou eu na foto. No reflexo do vidro da sacada. A ideia do título/texto veio meio que do nada. Quem disse que abstinência não dá um baratinho? "Nada é real e não há nada com o que se preocupar"? Lembra o que o Pessoa disse do poeta, né? Vou ouvir a música.
Acredito que só dois tipos de pessoa são capazes de viver realmente do "seu jeito", os moradores de rua e o ultratalentosos feito Frank Sinatra. E olhe lá...
As Boas e Baratas do Azarão. É só clicar na imagem.
AVISO AOS NAVEGANTES
O blog A Marreta do Azarão é uma obra de ficção. Os textos aqui publicados são exercícios de livre-pensamento. Melhor, são tentativas, experimentações de livre-pensamento. Bem-sucedidas, às vezes; malfadadas, quase sempre, como toda e qualquer experimentação, como toda e qualquer tentativa de romper e expandir com o estabelecido. Não querem, de forma alguma, os textos, se fazer passar por fatos, tampouco se colocarem ou se estabelecerem como verdades. São tão somente elocubrações de cunho jocoso, considerações irônicas acerca do comportamento humano. E não há distinção quanto ao tema ou ao assunto tratado, não há nenhum tipo de direcionamento : tudo aqui é posto sob a óptica da ironia; há muito de autoironia, inclusive. A ironia, segundo minha opinião - e você não é obrigado a compartilhar dela, aliás, nem espero que -, é a forma mais libertária de análise e pensamento, é a forma mais isenta de tentar entender a grande piada que é o mundo, e também a nós, seus personagens risíveis, que nos damos alta e indevida importância. Caso você seja um semiletrado, alguém sem grandes intimidades com a caneta, o que estou, basicamente, a dizer é que não há intenção de depreciar ou incitar violência contra quaisquer grupos ou segmentos sociais. Assim posto, se você é submisso à certezas preestabelecidas, se você é servo de convicções engessadas, lacaio de doutrinas pétreas, escravo de pragmatismos e dogmatismos - sejam de que ordem forem, políticos, religiosos, filosóficos, sociais, étnicos, sexuais etc -, seu lugar não é aqui. Há bilhões de outros endereços na internet que podem melhor lhe agradar, você não é obrigado a ficar por aqui. Se você está à procura de fatos e de "verdades" que confirmem e reconfortem sua visão tradicional do mundo, repito, seu lugar não é aqui; dirija-se ao site de algum jornal, ou revista semanal de variedades. Se ainda assim, se apesar deste aviso, deste esclarecimento, alguém se sentir ofendido ou vilipendiado por alguma postagem - o que, garanto, não é meu objetivo, lembre-se que nem lhe conheço -, o blog abre espaço para um direito de resposta, que deverá ser enviado através do campo de comentários do blog, na forma de um texto que conteste, que contradiga, que refute o que por mim foi escrito. O texto, caso o autor assim deseje, será publicado logo abaixo da postagem que o motivou a ser escrito. Artigo 5, inc. IX da Constituição Federal de 1988 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
O Código Azarão
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o que tem: naftalina uns gibis clássicos cartelas vazias de aspirina cartas e recados de amigos cartas e recados de "amigas" alguns vinis fotos bêbado com amigos bêbados fundo falso para revistas alternativas miniaturas de super-heróis em plástico monocromático tocos de lápis e canetas secas livros do Bukowski escritos inéditos bolhas de sabão rolhas de vinhos bebidos com pessoas especiais uma carcomida raquete de pingue-pongue supertrunfo um par de asas sem uso meia garrafa de rum Montila uma pequena Pandora a ser libertada
o que não tem: traças telefone celular CDs originais bíblia um exemplar do ECA simpatia pela burrice que gosta de ser moedas para o flanelinha fotos sóbrio com amigos sóbrios livros de autoajuda
4 Comentários
Esta postagem é a mais inesperada que eu jamais conseguiria imaginar. O título é o texto e o texto está no título. Além do mais, a imagem de um provável Azarão de cabelos totalmente brancos! Seria mesmo você? Seria como na música Strawbery Fields Forever? "Nada é real e não há nada com o que se preocupar"? Não se leu minha resposta a um comentário que você fez no Blogson. Em todo caso, até mesmo apar se divertir um pouco, transcrevo o que escrevi: "Realmente, você deve sofrer muito em sala de aula. Já pensou em trocar biologia por alfabetização para adultos? É provável que tenha mais sucesso (e ainda sugere o blog como material didático)". Mas se nada disso adiantar, sugiro que ouça a música dos Beatles, uma das mais lindas compostas pelo John Lennon. Para facilitar, eis o link um dos) https://www.youtube.com/watch?v=oUu-2zi8pwc E fique bem.
ResponderExcluirJá tinha visto sua resposta, sim. E, acredite, se ainda houve algo como o Mobral, eu também acho que eu me sentiria melhor, mais útil. Quando comecei a dar aulas, isso lá em 94, 95, cheguei a pegar algumas salas noturnas de supletivo de ensino médio. A maioria era de pessoas já bem mais velhas que eu, com trinta e poucos à época, pessoas que precisavam do certificado para manterem ou evoluírem em seus empregos. Foram dois anos muito bons. Eles, claro, tinham muita dificuldade, mas havia um respeito que hoje me parece até algum sonho. Hoje em dia, existe o EJA (educação de jovens e adultos), mas as salas são compostas não por pessoas mais velhas, mais responsáveis, são formadas pelo lixo do lixo, por aqueles alunos que querem menos ainda merda nenhuma. Peguei uma sala dessa esse ano, para ganhar uns caraminguás a mais. Já me arrependi.
ExcluirSim, sou eu na foto. No reflexo do vidro da sacada. A ideia do título/texto veio meio que do nada.
Quem disse que abstinência não dá um baratinho?
"Nada é real e não há nada com o que se preocupar"? Lembra o que o Pessoa disse do poeta, né?
Vou ouvir a música.
Acredito que só dois tipos de pessoa são capazes de viver realmente do "seu jeito", os moradores de rua e o ultratalentosos feito Frank Sinatra. E olhe lá...
ResponderExcluirInovador.
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