Primeiro foi o caso de Thais Godoy Azevedo, mulher, nova, bonita, inteligente, feminina e anti-feminista, cujo coerente e sensato texto publiquei aqui.
Agora, deparo-me com isso : gays anti-viadinhos, gays anti-bichas loucas. São os Gays de Direita, com página no feicibúqui e tudo. Porém, aos que pretendem se aventurar na página dos Gays de Direita, uma advertência curta e grossa já é apresentada logo ao início : Veado é animal, Bicha louca aqui não tem voz, Somos Gays de Direita e o recalque da esquerda passa longe !
Pããããããta que o pariu!!! O lema dos caras é bicha louca aqui não tem voz!!!
E vão mais longe : apoiam o intrépido Jair Bolsonaro. "Todos nós apoiamos o Bolsonaro pela situação em que o País se encontra.
Só ele, em meio a toda essa bagunça, mantém o patriotismo e a
consciência de que o País está acima de tudo", diz o arquiteto
Clóvis Junior, de 30 anos, um dos fundadores do grupo. Clóvis Junior diz ainda que "o objetivo do grupo é "quebrar a hegemonia da esquerda"
entre os gays. "Eles (os gays de esquerda) vão destruindo a moralidade
da sociedade com uma pauta que não tem nada a ver com a sexualidade".
São gays sem frescura e sem melindres, os Gays de Direita. São gays das antigas. Gays de respeito. Gays de uma época em que o cara tinha que ser muito macho pra soltar a rosca.
São gays sem viadagem. Gostam de rola, sim, mas não carregam a foto do pinto do namorado na carteira nem usam um pingente de ouro 18K em forma de uma piroquinha pendurado no pescoço. Enterram a brachola até o talo, sim, até as bolas, mas o fazem ao estilo gaúcho, não gemem e rebolam na vara feito uma cadelinha no cio. Casam entre si, sim, mas nenhum deles se veste de noivinha virginal das pregas ilibadas. Passeiam juntos, vão ao shopping, ao cinema, às compras no mercado, fazem caminhadas em parques públicos, sim, mas não andam de pedalinho em forma de cisne negro, um comendo algodão-doce (rosa) e ou outro, maçã do amor.
Mulheres anti-feministas? Gays anti-viados? Estará o mundo, irreversivelmente, enlouquecendo de vez? Estarão as pessoas, definitivamente, perdendo o senso?
Não. Talvez seja bem o contrário. Talvez as pessoas - ainda que apenas algumas delas - estejam, justamente, a recuperar o bom senso, ou começando a ter coragem de manifestar o senso que sempre possuíram e conseguiram preservar nesses tempos de evidente complô para a subversão e a derrubada dos valores básicos e fundeadores da sociedade.
É possível que pessoas que, teoricamente, pertencem a essa ou àquela "minoria" se coloquem não só de fora como também em oposição aos "movimentos sociais" que dizem defendê-las e representá-las, que rejeitem essas máfias sempre em busca por privilégios?
Sim, é perfeitamente possível. E coerente. É possível viver de forma honesta, sem se aliar a grupos esquerdistas, sem ser um pedinte ou um oportunista social, sem atribuir as causas de seus fracassos e frustrações a outrem, a um "inimigo comum", cada "movimento social" elege e declara o seu algoz. Para a feminista, o homem é o culpado por todos os insucessos dela; para o LGBT, o heterossexual é que é o responsável por todas as suas desgraças e infortúnios; para o negro, o branco; para o operário, o empresário que lhe dá emprego; para o pobre, o bem-sucedido; para o sem-terra, o latifundiário, e a coisa por aí vai, de chororô em chororô. Arregaçar as mangas, poucos querem. Aliás, se forem esquerdistas, nenhum.
Sim, é possível viver de forma honrada, admitindo que, no mais das vezes, somos os fatores de nossa falta de êxito, seja por incompetência ou por real falta de esforço, dedicação e disciplina.
O movimento é incipiente, quase que imperceptível, mas começa a bocejar e a se espreguiçar em berço esplêndido. É um movimento ainda embrionário, protoembrionário, até; com maiores chances, inclusive, de não vingar, de sofrer aborto espontâneo, ou de natimorrer, mas que foi fecundado.
É, na verdade, um início de reação. Uma reação de pessoas de bem. Pessoas que, independente do gênero a que pertencem (homem ou mulher), da orientação sexual que as satisfazem (hetero, homo, bi, pan), da etnia que congreguem (branca, negra, oriental, indígena), da fé que professem (católico, evangélico, espírita, macumbeiro) ou da ideologia política que defendem, não se utilizam dessas características pessoais como meio de vida, não arrolam suas particularidades como sendo itens de seus curriculum vitae nem como prova de sua competência, não esperam nem almejam nenhuma vantagem ou dividendo simplesmente por terem nascido ou mulher, ou gay, ou negro etc.
Uma reação contra as máfias conhecidas por movimentos sociais, cujos integrantes se unem e se mancomunam, justamente, em torno dessas particularidades para gritar que são vítimas disso ou daquilo ou daquiloutro, e gritarem mais alto ainda por privilégios e regalias, nunca por igualdade. Uma reação a esses grupos vermelhoides mal-intencionados que, sob os falsos estandartes do bem comum e da causa coletiva, defendem interesses pessoais. Grupos dispostos sempre a ganhar no grito, na forma de benesses legais, o que a maioria da população obtém via estudo e trabalho.
Uma reação de pessoas de bem que, inclusive, rejeitam o muitas vezes confortável rótulo de "minorias", de pessoas de bem que não se sentem, de forma alguma, representadas por essas máfias sociais desprovidas de qualquer fundamento ou lógica, puramente midiáticas, e que, no mais das vezes, depõem mais contra que a favor das classes que dizem representar, que mais estimulam e fomentam a desavença e o confronto que o entendimento, pois são imensamente mais radicais e intolerantes do que aqueles que consideram seus opressores. Uma reação de pessoas de bem que não querem "causar", que não querem oba-oba, que querem, simplesmente, levar suas vidas tranquilamente, que só querem o justo, só o que merecem por seu talento e por sua capacidade profissional. Pessoas de bem que, ao contrário dos tais movimentos sociais, só querem mesmo levar uma vida normal, igual a todo mundo.
Conheço muitas mulheres que não se veem representadas pelos grupos feministas, mulheres que jamais participariam de uma passeata das suvacudas de tetas caídas, jamais dariam apoio a uma marcha das vadias; antes pelo contrário, que consideram ridículas e mesmo ofensivas tais manifestações, mulheres que reconhecem que o real objetivo das meninas dos grelos duros é transformar o homem em inimigo, não em companheiro.
Conheço alguns homossexuais que não concordam nem se reconhecem numa Parada Gay, muito menos na fala fascista de Jean Willys, o Bolsonaro do Arco-Íris.
Conheci dois estudantes negros que não optaram pelo sistema de cotas quando de suas inscrições para o vestibular. Um deles me disse que, primeiro, considerava um pouco humilhante, que lhe parecia que uma esmola estava a lhe ser jogada, e que, segundo, sentia que estava um pouco trapaceando por passar na frente de outro concorrente que tivesse estudado tanto quanto ou até mais que ele. Os dois estudaram com afinco e vontade. Um deles entrou na Universidade Federal de Uberlândia; o outro, depois de um ano de cursinho, na USP - São Carlos.
Um movimento ainda incipiente dessas pessoas de bem, repito, mas extremamente bem-vindo e, mais ainda, necessário. Até para diferenciar as reais vítimas e os reais necessitados (sim, eles existem, nunca neguei isso) dos que se fazem de vítimas e que existem em um número muito maior que os primeiros.
Tudo isso posto, tenho certeza de que uma trepada com uma anti-feminista seria espetacular. À ocasião do primeiro encontro, ela se poria como uma mulher, como uma fêmea da espécie que quer impressionar o macho. Viria toda fresquinha, banho recém-tomado, perfumada doce e discretamente, com as axilas e as pernas depiladas (o bucetão poderia deixar cabeludo, mesmo) e trajando insinuantes e paudurescentes calcinha e sutiã.
Em contrapartida, eu me poria como um homem, como um macho da espécie pronto a satisfazê-la. Iria também de banho recém-tomado (com sabão de pedra, que macho que é macho não usa sabonetinho Dove), barba por fazer (há uns 6 meses), sovacos, pernas, peito e saco cabeludos, uma garrafa de um bom vinho e tendo, uma hora antes, tomado um viagrinha, de leve, só metadinha.
Tenho certeza de que ela não reclamaria nem faria discursos nem distribuiria panfletos contra o domínio e a opressão do macho quando eu a tomasse de quatro, pernas bem abertas, ancas arrebitadas e conduzisse a ação com uma das minhas mãos a puxá-la fortemente pelos cabelos feitos em rédeas e com a outra transformada em suave, porém, firme palmatória.
Tudo isso posto, tenho certeza também de que seria muito interessante e divertido passar uma noite sentado à mesa de um bar com mais dois ou três gays de direita. Tomar cerveja, comer torresmo, falar palavrão, coçar o saco, contar piadas de bicha etc.
Eu só não iria ao banheiro mijar junto com eles. Porque aí também já é muita viadagem.
Pããããããta que o pariu!!!
Aos que se interessarem : https://www.facebook.com/GaysDireita/
2 Comentários
Eu parei na parte do sabão de pedra, pensa num sabão ruim da porra. E sobre mijar junto nessa minha última viagem encontrei um banheiro unissex com mictório. Imagina, mas só imagina.
ResponderExcluir"J"
E você, é desses também?
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