São os velhos vícios
Feitos em estilo de vida,
Em queridos bichos de estimação
Que ponho a ronronar
E a lhes fazer cafuné
No meu colo
Ao fim da noite.
É o sono protelado
Porque espero da noite
Algo que o dia nunca me dá.
É a última lata de cerveja
Porque a palavra
Hoje ainda não me veio,
Não me desceu em ovulação,
Nem que fosse para não ser fecundada
Ou expelida natimorta.
É a pressa
Porque sou transitório
E tenho tanto a fazer
E nada a legar.
É a vida
Porque sou mortal
E não quero desperdiçá-la
Simplesmente vivendo.
É a punheta,
Não por vontade
Ou desejo irrefreável
Ou ereção miccional
Mas porque em certos dias
O pau é a única coisa
Que funciona mais ou menos.
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