A Nova Caneca do Azarão

Até os tenho, não me perguntem seus tamanhos, formatos, cores, desenhos em suas superfícies ou suas texturas, mas até os tenho, os copos. Porém, ficam a pegar poeira nos armários raramente abertos ou esquecidos e dependurados no escorredor de louça, na iminência de se precipitarem no mortal abismo entre a pia e o fogão.
Gosto de canecas. Uso canecas para tudo o que é líquido. Tomo água em caneca, café, refrigerante, chá e, é claro, cerveja! Para café, água e outras bebidas permitidas em horário comercial, eu uso canecas de cerâmica, daquelas em forma de cilindro reto e esmaltadas, tenho várias, em diversas cores e padrões. Para a cerveja, atualmente, tenho quatro (agora, cinco) : uma de vidro com capacidade de 300 e poucos ml, presente de uma sala que me escolheu como professor homenageado, uma de cerâmica com a bandeira da Argentina e com volume de um exato latão de 473 ml, e duas de louça, daquelas que se usavam nas antigas festas da cerveja promovidas pelo Rotary e pelo Lions Clube, ambas acomodando pouco mais de 500 ml. Uma delas, inclusive, comemorativa da 1ª Festa Regional da Cerveja de Ribeirão Preto, com data de 1967, ano de meu nascimento; ela, a caneca, diga-se a propósito, está muito mais conservada do que eu.
Gosto das canecas por causa da empunhadura, mais segura, mais difícil de nos escorregar das mãos e, por que não?, de ares muito mais elegantes e aristocráticos.
Aí, em minha viagem de férias, ao passar em frente a uma barraca de uma marca de cerveja artesanal, deparei-me com meu novo brinquedinho : um canecão de vidro de 1 litro de volume! Daqueles que vemos em fotos da Oktoberfest, empunhados por aquelas alemãs peitudíssimas, praticamente apoiados sobre os peitos delas. Cerveja com leite faz um bem danado, meus amigos!
Então, feito o Armando Volta, personagem da saudosa Escolinha do Professor Raimundo, pensei : por que comprá-la, por que não comprá-la? Comprei-a-a!
Ei-la, para efeito de referência, ao lado de um latão de Bavária cujo conteúdo foi todo derramado dentro dela. Cabem dois latões e ainda sobra espaço. Vidro grosso e robusto, praticamente à prova de balas. Canecão de macho, de viking!!! E pesada! Tanto que empunhá-la diretamente pela alça ou asa é ato extremamente dificultoso. Para melhor empunhadura, a mão deve passar por dentro da alça e a palma da mão, abraçar o corpo da caneca.
Com o uso regular do novo canecão, das duas, uma : ou eu vou ficar mais forte, com os bíceps mais definidos, ou, o que é mais provável, adquirir uma puta de uma tendinite. Paciência... Ossos do ofício.

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6 Comentários

  1. Rapaz, eu também tenho um montão de canecas, acho que é pela mania de ter sempre algo à mão pra beber e, claro pela praticidade. Boa pedida pra sexta-feira, afinal o negócio é "tomar no caneco". (risos)
    "J"

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  2. Uma puta caneca dessas (que não deve ter custado barato) para tomar Bavaria?
    Ou você gosta dessa porcaria de cerveja ou é um tremendo mão de vaca do caralho. Acredito ser a segunda opção.
    Vai tomando no caneco, que é o que você e sua amante gostam.
    "C" de caneco.

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    1. Como posso ser mão de vaca e ter pago caro por uma caneca? Sim, gosto da Bavaria, é uma cerveja honesta, que vale o que custa, sem frescuras, diferente das tais artesanais - coisa de viadinhos bebericadores - que são praticamente a mesma coisa das comerciais mas custam 10 vezes mais. Os viadinhos degustadores feito você não bebem a cerveja, bebem o preço, o prazer dos sommeliers de rola é pagarem por um valor que a maioria não pode pagar, pagam por uma sensação de superioridade que, na verdade, não há. Até porque, meia hora depois de bebidas, toda e qualquer cerveja vira mijo. Será que o seu mijo é também um mijo artesanal, diferente do meu, que sim tomo e gosto de Bavaria?
      Esse "C" é de corno, de cuzão!!!

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    2. kkkkkkkkkkk
      Sabe o que eu acho? Eu acho que vou mesmo, domingão, férias, por que não tomar no caneco, né? E mais, acho que vc ta precisando tomar também, meu caro anônimo. Toda essa agressividade só pode ser falta de alguma coisa...
      "J"

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    3. Marreta do Azarao ficou bravinho.
      Então, como foi sua viagem?
      Comeu a gauchada ou você é como eu, que gosto de ser degustado?
      Ex-viado

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    4. Rapaz, se você for o ex-boiola, é um prazer tê-lo de novo por aqui. Nem comi nem fui degustado. Sou casado. Brinco muito aqui no blog, mas no mundo real já sou carta fora do baralho.
      A viagem foi boa.

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