Esta é fossa das brabas, chifre dos clássicos, dor de cotovelo que só macho das antigas é capaz de sofrer, e de aguentar. É aquela dor que o cara cura com muito desabafo aos amigos, ao longo da madrugada, na base de muito traçado e rabo de galo.
É dor que o macho tem que transformar em revolta, em raiva da ex-amada, que dor de macho não pode virar pranto, mas sempre vira, e ninguém chora mais sentido que o macho das antigas, é choro a se respeitar, que não rola por qualquer coisa, é choro a ser escutado em silêncio, quase em reverência.
É dor que o macho tem que transformar em revolta, em raiva da ex-amada, que dor de macho não pode virar pranto, mas sempre vira, e ninguém chora mais sentido que o macho das antigas, é choro a se respeitar, que não rola por qualquer coisa, é choro a ser escutado em silêncio, quase em reverência.
E se alguém, algum desavisado inconsequente, fizer pouco caso ou tentar minimizar a sua dor, dizendo que logo vai passar, ele dá um murro no balcão e "mostra a boca molhada e ainda marcada pelos beijos dela".
Que macho das antigas mata a cobra e bate com o pau no balcão, chifre de macho das antigas é coisa sagrada, com ele não se mexe nem se duvida. E se precisar, ele mostra até o bigode "cheiroso", também marcado pelos (grandes) lábios da ex. Que macho das antigas, da manga-rosa quer o gosto e o sumo, não está nem aí para os fiapos no meio dos dentes.
Que macho das antigas mata a cobra e bate com o pau no balcão, chifre de macho das antigas é coisa sagrada, com ele não se mexe nem se duvida. E se precisar, ele mostra até o bigode "cheiroso", também marcado pelos (grandes) lábios da ex. Que macho das antigas, da manga-rosa quer o gosto e o sumo, não está nem aí para os fiapos no meio dos dentes.
Negue é composição de Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos, gravada primeiramente por Nélson Gonçalves, em 1960. Depois do eterno boêmio, a canção foi regravada por "trocentos" intérpretes da MPB, de diferentes épocas e estilos musicais.
Até Marcelo Nova, no início do Camisa de Vênus, de tendência punk à época, gravou Negue. Não gostei muito, Marcelo Nova imprimiu um tom de deboche à canção de Adelino, mas vale pela curiosidade e pela homenagem.
Mas, com certeza, a canção encontrou sua melhor e definitiva forma na voz de Maria Bethânia, foi imortalizada por ela. É como eu disse : coisa de macho!
Negue
(Adelino Moreira/Enzo de Almeida Passos)
Negue seu amor, o seu carinho
Diga que você já me esqueceu
Pise, machucando com jeitinho
Este coração que ainda é seu!
Diga que você já me esqueceu
Pise, machucando com jeitinho
Este coração que ainda é seu!
Diga que meu pranto é covardia
Mas não se esqueça
Que você já foi minha um dia!
Mas não se esqueça
Que você já foi minha um dia!
Diga que já não me quer
Negue que me pertenceu
Que eu mostro a boca molhada
Ainda marcada pelo beijo seu.
Negue que me pertenceu
Que eu mostro a boca molhada
Ainda marcada pelo beijo seu.
2 Comentários
Essa porra do seu covil parece minha bolsa, quando procuro uma coisa acho outra e puta que pariu, acho sempre algo que mais preciso. ;)
ResponderExcluir*Negue é uma das minhas canções favoritas.
"J"
e já que gosta tanto do meu covil, se ainda não leu, leia o Estatuto do Covil:
Excluirhttp://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2010/01/estatuto-do-ca-covil-do-azarao.html