Apolo 13

Nunca mais excursões
Nem incursões ao teu Luar.
Minha Challenger explodiu num grito mudo
Quando
Mais uma vez
Se arriscava
Se esquivava
Furtiva em direção a Ti.
Não mais passear de mão dadas contigo,
Com nossos campos gravitacionais entrelaçados,
Por sob a sombra de mil sóis
De nosso lácteo quintal.
Não mais a tua falta de ar
Que me punha ébrio e a plenos pulmões
Nem a tua falta de siso
Que tornava leve, ágil e célere
O meu cada vez mais pesado corpo.
Não mais aninhar minhas naus
Em tuas aconchegantes e uterinas crateras.
Não mais rever minha selenita,
Esperando parada,
Pregada na pedra do porto do Mar da Tranquilidade
Com seu único velho vestido,
Cada dia mais curto.

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