Da Educação dos Gatos

No fim, 
Umas mais perenes,
Outras mais perecíveis,
Tudo é carne!
Por que, então,
Tramar estratégias de caça,
Minar novos terrenos
Com alçapões de sorrisos mal-intencionados
E buquês de rosas vermelhas?

No fim,
Uns mais calmos e abundantes,
Outros a seco ou a sangue,
Tudo é gozo fátuo!
Por que, então,
Adentrar labirinto indissolúveis
Tentando marcar o caminho de volta
Com um rastro de migalhas de maus poemas?

No fim,
Tudo é fim!
Por que, então,
Não tornar tudo
Num plácido cuidar de avencas e orquídeas,
Num educar de gatos e pimenteiras?

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