Escória? Nós Quem, Cara-Pálida?

Citando : "resposta grande vira post".
Pois é...  chamar as pessoas concentradas em frente aos quartéis de todo o país de "escória" - idosos e aposentados, em sua maioria - não é só por demais pesado e inadequado, mas também injusto, canalha e leviano, uma vez que sem conhecimento de causa, de vivência, coisa de quem mal põe o pé à rua e só processa suas opiniões a partir do que recebe de (des)informações das grandes mídias.
Uma das minhas possíveis rotas de volta para casa passa bem ao lado de uma Circunscrição do Serviço Militar, onde a tal "escória" está a se manifestar desde a segunda-feira pós-apocalipse petista. Essas pessoas, desde o princípio, nunca causaram nenhum tipo de transtorno ou de perturbação a alguém ou à ordem pública. Nem mesmo chegaram a obstruir o trânsito pela quadra onde estão acampados.
Nunca ofenderam nem agrediram ninguém que por ali tenha transitado. Pelo contrário, em algumas ocasiões, eu de passagem, presenciei idiotas passando de carro e os xingando dos termos mais pejorativos; não tanto como "escória", mas pejorativos.
O máximo de barulho que já os vi fazer foi a cantarem o Hino Nacional em uníssono, ou a rezarem para Deus. Aliás, para o mesmo Deus em que você acredita.
Escória, escória de fato, a rigor do termo e da mais baixa estirpe, é a máfia petista que você ajudou a recolocar no poder. Lula nem sentou seu rabo seboso na cadeira da presidência e já mudou uma caralhada de leis para alocar seus capangas nas estatais, para retomar a posse da chave da caverna do Ali Babá.
Isso é escória! E não o sujeito que trabalhou a vida toda, bem criou os filhos, netos etc e que, agora, se sente enganado, sabotado, lesado.
E falando em escória, um outro belo espécime da categoria é esse Papa, a quem você chama de gentleman. Enquanto cardeal, manteve um acordo de "convivência" com os generais da ditadura argentina. Ele e todos os seus subalternos não diriam nada contra a ditadura e, em troca, nenhum militar punha a mão em algum padreco sob a sua proteção. Porém, dois padres um pouco mais decentes, fiéis ao ofício ao qual prestaram juramento, que punham a mão na massa, que realizavam importantes obras sociais em regiões carentes de Buenos Aires, não aceitaram o "cala boca" do cardeal Bergoglio. Tomado pelo pecado da soberba e do orgulho, Bergoglio "desordenou" ou excomungou, sei lá, os dois padres, retirando-lhes a proteção contra o regime argentino. Foram duramente torturados, um veio a morrer das sevícias. Tudo com a benção do atual Francisco I.
Sem dúvida, um verdadeiro homem de Deus, desse Deus atual, que, convenhamos, também não é sujeitinho dos melhores caráteres nem dos mais confiáveis, um deusinho dos mais rastaqueras.
Quando disse que Ele estava a testar um novo "castigator", lembrei-me dos produtos da Organização Tabajara, dos saudosos Casseta e Planeta. E é bem isso que esse deusinho é : um deusinho Tabajara.

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2 Comentários

  1. Nada irá mudar pelo fato delas ficarem ali, nada irá acontecer. Até porque o pior que podia nos acontecer já se deu. O que leva essas pessoas a ficarem ali, o que leva as pessoas a fazerem o que fazem? Essa é a pergunta de um milhão de dólares, meu amigo, válida para um Nobel.
    Mas acho que o leva os bolsonaristas a permanecerem infrutiferamente ali reunidos talvez seja a mesma motivação que leva as pessoas a frequentarem uma igreja e rezar para um deus que nem existe, a irem a estádios de futebol e torcerem insanamente por seus times etc. Rezar não irá acarretar nenhuma mudança ou melhoria prática na vida de ninguém, nem torcer feito um idiota ensandecido fará o Neymar ser um grande jogador ou a seleção brasileira ganhar o hexa. E mesmo que resolvesse, mesmo que a seleção se sagrasse campeã graças à torcida da galera, o que isso mudaria na vida dos torcedores? Porra nenhuma, né? Ou a CBF iria dividir os 42 milhões de dólares entre os torcedores?
    Acho que estão ali pela necessidade do pertencimento a algum grei, pelo espírito do rebanho, mesmo. Um local em que se sintam de alguma forma protegidos de suas angústias e fragilidades.
    Passo por ali quase que todos os dias, e o local acabou virando mais um ponto de encontro dos idosos e aposentados, que perfazem a grossa maioria dos manifestantes. Um local para baterem um papo, como se estivessem na praça a jogar dominó e milho aos pombos, num bingo ou num bailão da terceira idade.
    Duvido também que algum desses senhores e senhoras estejam a abandonar e negligenciar seus familiares, que já devem estar todos adultos e criados, duvido que estejam abandonando suas vidas, só arrumaram uma nova forma de distração, de passarem o seu tempo.
    Eu, me juntar a eles? Fique tranquilo, eu nunca corri esse risco. Sou, desde sempre, o oposto do gregário. Nunca gostei de fazer parte de nenhuma turma ou grupo. Nem trabalho em grupo na escola, eu gostava de fazer.
    Eu, abandonar minha esposa, filho e gatas? Jamais, meu amigo, jamais. Nem pelos peitos e pelo cuzinho loiro da Scarlett Johansson.
    Abração!
    E se expresse sempre que quiser por aqui.

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  2. Não sei se entendi muito bem todas as associações e correlações feitas por você nesse comentário.
    Mas vou te dizer uma coisa : embora eu nem sempre use esse aprendizado na prática (eu deveria, eu sei), se tem uma coisa que aprendi em mais de 20 anos num setor do serviço público propositalmente falido, contra o que não há o que fazer, é que : Vivamos e deixemos viver.

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