O Menino E O Sabiá

O menino,
Com dois ou três anos de idade,
Corre pelo pavimento coberto de folhas secas
Da praça malcuidada.
Desabala atrás de um sabiá-do-peito-amarelo,
Que corre em fuga,
Corre mais veloz que o menino
E, como se não bastasse, voa!
O menino grita, ri, exulta, frustra-se,
Surpreso, assustado, maravilhado.

O sabiazinho pousa mais adiante
E a cena se repete.
Se repete, se repete, se repete...
Foge das mãos do menino
O que, na verdade,
Nunca esteve ao seu alcance.

Em breve, serão as bucetas;
Não tarda, a própria vida.

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