Verifico várias vezes se as portas do apartamento estão trancadas antes de sair à rua ou ir me deitar. Várias vezes, mesmo. Três, quatro, oito, varia, mas sempre muitas.
E não são só as portas. Também checo se a válvula do gás está fechada, se o ferro de passar roupa está fora da tomada, se a porta da geladeira está de acordo, se as luzes de cada cômodo estão apagadas, se os ventiladores estão de hélices paradas, se as torneiras das pias, tanque e chuveiros não estão a pingar, se as gatinhas estão em seus lugares.
Várias vezes tudo!
Aí vêm as dondocas e os viadinhos da psicologia dizer que eu tenho uma doença e que ela se chama T.O.C. (transtorno obssessivo compulsivo), toque é o que esses pederastas gostam de levar no rabo. Mais uma vez, esses inúteis da psicologia se metem em assuntos que não conhecem nem lhes competem. Se bem que se os psicólogos parassem de se intrometer no que não sabem, a psicologia acabaria.
O caralho que eu tenho uma doença, ainda mais psicológica. Caralhos duplos!
O que eu tenho é uma virtude, uma habilidade ancestral, e ela é genética.
Sou descendente da linhagem dos guardiães das cavernas, sou herdeiro dos genes dos protetores dos clãs pré-históricos.
Os guardiães eram quem alimentavam o fogo, ao longo da madrugada, para manter os predadores afastados, também controlavam o estoque de provisões do clã. Eram eles que se punham às entradas das cavernas, a guardar o sono da tribo com suas lanças em riste.
Querem maior honraria que essa? Ser o depositário de toda a confiança de um clã? Tem que se confiar muito nas habilidades de alguém para nomeá-lo guardador de seu sono e dos sonos de seus familiares. Não era qualquer um a receber tal distinção. Somente aos descendentes de uma alta estirpe com habilidades especiais era dada tal comenda.
Habilidades geneticamente determinadas, é claro, lógico, óbvio e ululante!
Uma vez que, à época, para a sorte da espécie, não havia escolas profissionalizantes para guardiães de cavernas; tampouco havia, para sorte ainda maior da espécie, uma sorte quase inacreditável, faculdades à distância formadoras de guardiães da caverna. Se existissem, a espécie humana não teria chegado até aqui.
Portanto, habilidades genéticas, sim!
Agora vem um bando de afrescalhados, chupadores de charuto, comedores de merda e de mães, dizer que eu tenho transtorno? Transtorno têm as putas que os pariram e os aleitaram.
Graças aos de minha cepa é que todos chegaram até aqui, inclusive os efebos da psicologia; se hoje eles podem dar tranquilamente seus rabinhos bem cuidados é porque alguém conduziu a espécie até aqui : os meus, os de minha ascendência!
Atualmente, não há mais tigres-de-dentes-de-sabre rondando as portas nem mais a necessidade de não deixar morrer a fogueira.
Não há problema : enceno, todos os dias, digna e honradamente, o meu ritual genético, o rito da minha linhagem.
Ah, sim...
E com a lança eternamente em riste !
E não são só as portas. Também checo se a válvula do gás está fechada, se o ferro de passar roupa está fora da tomada, se a porta da geladeira está de acordo, se as luzes de cada cômodo estão apagadas, se os ventiladores estão de hélices paradas, se as torneiras das pias, tanque e chuveiros não estão a pingar, se as gatinhas estão em seus lugares.
Várias vezes tudo!
Aí vêm as dondocas e os viadinhos da psicologia dizer que eu tenho uma doença e que ela se chama T.O.C. (transtorno obssessivo compulsivo), toque é o que esses pederastas gostam de levar no rabo. Mais uma vez, esses inúteis da psicologia se metem em assuntos que não conhecem nem lhes competem. Se bem que se os psicólogos parassem de se intrometer no que não sabem, a psicologia acabaria.
O caralho que eu tenho uma doença, ainda mais psicológica. Caralhos duplos!
O que eu tenho é uma virtude, uma habilidade ancestral, e ela é genética.
Sou descendente da linhagem dos guardiães das cavernas, sou herdeiro dos genes dos protetores dos clãs pré-históricos.
Os guardiães eram quem alimentavam o fogo, ao longo da madrugada, para manter os predadores afastados, também controlavam o estoque de provisões do clã. Eram eles que se punham às entradas das cavernas, a guardar o sono da tribo com suas lanças em riste.
Querem maior honraria que essa? Ser o depositário de toda a confiança de um clã? Tem que se confiar muito nas habilidades de alguém para nomeá-lo guardador de seu sono e dos sonos de seus familiares. Não era qualquer um a receber tal distinção. Somente aos descendentes de uma alta estirpe com habilidades especiais era dada tal comenda.
Habilidades geneticamente determinadas, é claro, lógico, óbvio e ululante!
Uma vez que, à época, para a sorte da espécie, não havia escolas profissionalizantes para guardiães de cavernas; tampouco havia, para sorte ainda maior da espécie, uma sorte quase inacreditável, faculdades à distância formadoras de guardiães da caverna. Se existissem, a espécie humana não teria chegado até aqui.
Portanto, habilidades genéticas, sim!
Agora vem um bando de afrescalhados, chupadores de charuto, comedores de merda e de mães, dizer que eu tenho transtorno? Transtorno têm as putas que os pariram e os aleitaram.
Graças aos de minha cepa é que todos chegaram até aqui, inclusive os efebos da psicologia; se hoje eles podem dar tranquilamente seus rabinhos bem cuidados é porque alguém conduziu a espécie até aqui : os meus, os de minha ascendência!
Atualmente, não há mais tigres-de-dentes-de-sabre rondando as portas nem mais a necessidade de não deixar morrer a fogueira.
Não há problema : enceno, todos os dias, digna e honradamente, o meu ritual genético, o rito da minha linhagem.
Ah, sim...
E com a lança eternamente em riste !
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