Ela É Quem É A Louca?

Susana Maiolo, 25 anos, franco-suiça, tentou empurrar o Papa.
Pena que não conseguiu.
Foi declarada internacionalmente desequilibrada pela imprensa.
Ser considerada assim, será até vantajoso para ela, há de ter pena mais branda, perdão mais fácil.
Mas a declaração imediata da loucura da moça serve (sempre) aos interesses da própria igreja.
Admitir que pessoas em pleno juízo sejam capazes de atacar ao Papa, ainda mais em pleno período natalino, começaria a levantar suspeitas sobre a igreja, sem dizer que abriria precedentes para que outros que se consideram em perfeito juízo (e todos se consideram, inclusos os loucos) começassem também a fazê-lo.
Um Papa condensa todos os ideais e história da igreja.
A igreja católica promoveu genocídios em suas cruzadas, onde mulheres eram varadas por espadas e crianças recém-nascidas eram giradas pelos pés e tinham suas cabeças esmigalhadas contra paredes; a santa igreja queimou, talvez, tanta gente em suas fogueiras quanto Hitler em seus fornos crematórios, quem sabe daí venha a simpatia da igreja pelo nazismo à época da segunda guerra, se não apoiando aos atos da suástica, ao menos fazendo-lhes vista grossa e tendo seu silêncio muito bem pago com ouro judeu, que até hoje abarrota os cofres do Vaticano, não à toa esse Bento XVI fez parte da juventude hitlerista.
Hoje, a igreja continua a orquestrar um genocídio, com ares, inclusive, de limpeza étnica, bem próprio do nazismo.
O continente africano é o atual agraciado das bençãos da igreja.
A igreja combate o uso de camisinhas no continente mais contaminado pelo HIV, não só combate como tenta dificultar o acesso ao produto e, em esse chegando a alguma aldeia, um pelotão de freiras negras-africanas-católicas é destacado para acorrer a tal localidade e promover a queima dos preservativos - sempre a fogueira santa -, condenando silenciosamente milhares à morte pela AIDS.
Pois bem, essa moça Susana, atacou a personificação de tudo isso, ela é franco-suiça, tem ótima educação, sabe das coisas.
Foi um ataque ingênuo, romântico, limitado pelo seu pequeno, ou quase nenhum, poder de fogo.
Mas quem é o louco?
Ela que ataca o ícone de toda essa lamentável história ou os milhões que ficam aclamando a passagem do Papa, agitando bandeirinhas, ansiosos por um olhar que lhes seja dirigido pelo filho da puta e ávidos pela sua benção feita de sangue e peste?
Pena ela não portar uma arma.
Até nisso o filho da puta do Papa tem sorte, sorte pelos opositores da igreja não serem tão sanguinários como é a organização cujo comando ele ocupa.
Feliz Natal, Susana Maiolo.

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