Dias De Furia (Contida)

Havia uma pilha de colchões em embalagens plásticas do lado direito e externo à porta principal do hipermercado.
Ela estava encostada na pilha, postura largada, deselegante, loira tingida, calça de cós baixo mostrando o ínicio de sua cloaca, overdose de batom, piercing no umbigo, manuseando um telefone celular com a destreza que só os semianalfabetos têm, iluminada por um sol intrasigente.
Odeio hipermercados, mulheres deselegantes, loiras biscates, batons pega-moscas, piercing no umbigo, celulares, semianalfabetos e sóis exibicionistas. Abomino.
Ela de quatro naquela pilha de colchões, eu a jogando de quatro naquela pilha de colchões. Meter tudo e de uma única tacada, no cu, a palo seco, dar duas ou três bombadas, arrancar o pau pra fora e esguichar nas costas dela, esperar cessar os espamos do gozo, chacoalhar o pau, eliminando as últimas gotas a exemplo da miccção, limpar o pau - da porra e do esgoto - nas nádegas dela, guardá-lo nas calças e a deixar lá, a acomodar seus intestinos, a empurrar as tripas de volta para dentro.
Quando passo por ela e cruzo os batentes da loja, já estou bem mais calmo.
Tais pensamentos me apaziguaram os ânimos.
Vingaram-me, por ora, dos hipermercados, das biscates, dos semianalfabetos com celulares e das estrelas impiedosas.

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