Uma Sequela do Caralho

Desde o começo da pandemia, desde a soltura e o catapultamento do vírus chinês para o mundo, em nenhum momento, eu tive medo de ser infectado por ele. Nem o mais leve receio de.
Precavi-me, é claro. Desde o início e sempre. Que uma coisa é não ter medo; outra, muito diferente, é não ter respeito e bom senso. Precavi-me. Sempre. Até porque a melhor forma de prevenir a peste chinesa sempre foi e continua a ser manter a maior distância possível das pessoas, do povaréu; medida profilática para a qual nunca precisei de receita médica, que sempre me autoadministrei com muito prazer, que sempre me foi xarope dos mais doces de se tomar.
Aos mais desavisados, eu dizer que nunca tive qualquer tipo de temor de ser infectado pelo vírus chinês pode soar como uma fanfarronice, uma bravata imprudente, negacionista, até.
Pois vos asseguro que não. Quem me conhece sabe que nunca fui metido a valentão, falastrão ou faroleiro, que nunca fui de contar vantagem indevida ou de querer posar de maioral, de fodão.
Quando digo que nunca tive medo de ser infectado pelo vírus chinês, não quero dizer que eu me julgo naturalmente imune a ele (como uma considerável parcela da população o é), talvez eu seja, talvez não; não quero dizer que nego ou ignoro a possibilidade de ter minhas células invadidas por ele, quero, sim, dizer que nunca tive medo de ser vitimado por ele. Nunca tive medo, caso viesse a ser infectado, de desenvolver um quadro grave da peste amarela, de ter que conviver, depois, com sequelas irreparáveis, ou mesmo de morrer. Não chega a ser uma certeza que possa ser lastreada por evidências empíricas irrefutáveis. É uma sensação de segurança que sempre me permeou com relação ao meu corpo bem reagir e combater o vírus chinês, quando e se isso fosse necessário.
Ora, vejamos. Não sou, é verdade, mais nenhum jovenzinho, mas também não estou a dobrar o Cabo da Boa Esperança, não estou ainda a mijar no dedão do pé, embora - é inegável - o último pingo sempre seja da cueca. Não sou obeso. Nem cardíaco, diabético, asmático ou hipertenso. Nunca fui fumante. Sempre me recuperei bem de infecções virais e bacterianas, sempre me regenerei rápido de cortes e lesões - já sofri cortes de ter que levar quatro, cinco, seis ou mais pontos na face e no supercílio (fora joelhos e canelas) e, hoje, nem se vê vestígios deles. Não sou sedentário. Nunca dirigi um veículo automotivo na vida. Sempre andei a pé. Em dias normais, aqueles aos quais a maioria chama de úteis, ando cerca de sete, oito quilômetros; nas férias, até um pouco mais, ou seja, tenho, assim como o nosso Presidente, um histórico de atividades físicas.
Por isso, repito : nunca tive medo de ser infectado pelo vírus chinês. Sempre me senti confiante em enfrentá-lo, se viesse a ser o caso. Sempre julguei, como diria meu amigo Jotabê, o ermitão do Blogson Crusoe, ter os calcanhares bem protegidos contra a Gripe Amarela.
Isso tudo, até ontem. Isso tudo, até eu ter lido, no jornal o Estado de Minas, uma reportagem sobre uma nova, insuspeita e aterrorizante sequela do vírus chinês. Ontem, toda a minha autoconfiança em relação à peste de Wuhan veio abaixo, desabou. Bem como disse o Poetinha, tem sempre o dia em que a casa cai.
E a minha desmoronou por um simples motivo : não sou cardíaco, asmático, diabético etc, mas também nunca fui nenhum atleta sexual, muito menos um bem dotado, um pirocudo de fazer égua olhar para trás. Se olhado de um ângulo favorável e a contar com a boa vontade do observador, a minha rola pode ser classificada, num dia de calor, como estando na média. E não é média alta, não. Média média, mesmo. A classe C das pirocas. Pouca coisa acima da linha da miséria.
Mas o que tem a ver o cu com as calças?, alguns de vocês poderão estar a se perguntar. Ou, no caso, o que tem a ver a benga com o vírus chinês?
Explico. A reportagem que citei, publicada originalmente no britânico Daily Mail, traz um chocante relato de um estadunidense, que não teve o nome revelado e é descrito apenas como um heterossexual na casa dos 30 anos.
Ele conta que depois de se curar do vírus chinês em julho de 2021, o seu pau passou a não mais dar no couro, começou a apresentar disfunção erétil, a famosa paumolescência; problema que foi solucionado facilmente com um tratamento feito com um urologista. Porém, quando a sua paudurescência voltou ao normal, ele notou que o caralho não estava mais o impávido colosso de sempre. Estava bem menor. Uma coisinha ridícula. O vírus chinês tinha feito o pau não só amolecer, mas também encolher! 
Ele garante que perdeu quatro centímetros de piroca! Redução confirmada pelos diversos especialistas que ele consultou e declarada com irreversível por todos eles.
O cara pegou o vírus chinês e ficou com um pau de japonês! Isso sim que é globalização. Valha-me São Rasputin!!! 
Disse, o estadunidense : "Meu pênis encolheu. Antes de ficar doente, eu era acima da média, não enorme, mas definitivamente maior que o normal. Agora eu perdi cerca de uma polegada e meia e me tornei decididamente menor que a média".
Segundo os especialistas, a explicação para esta terrível sequela, que já está a ser chamada de Covid Dick (um dos nomes chulos em inglês para piroca), é que partículas do vírus chinês podem permanecer no tecido peniano mesmo após a recuperação do paciente e causar estragos aos vasos sanguíneos, impedindo a correta irrigação do corpo do cacete e fazendo com que ele perca comprimento e bitola. 
E o dano infligido ao sujeito não foi puramente físico, mas também psicológico. Ele declarou : "Isso realmente não deveria importar, mas teve um impacto profundo na minha autoconfiança e em minhas habilidades na cama".
Pudera. Nem poderia deixar de ser. O cara vai dormir um Kid Bengala e acorda um anjinho barroco! É para abalar o psicológico de qualquer um!
Disso tudo, a perda da minha autoconfiança frente à possibilidade de ter que enfrentar a peste chinesa um dia. Disso tudo, o meu medo, o meu pavor agora do vírus chinês, o meu recém-instalado cagaço.
Se eu perco quatro centímetros de cacete, viro o Napoleão Bonaparte. Se perco quatro centímetros de benga, posso prestar concurso público para eunuco em qualquer sultanato árabe. Se eu perco quatro centímetros de cacete, só sobra a fimose.
Pãããããããta que o pariu!!!!!
E quatro centímetros porque o cara teve um quadro leve de gripe chinesa. Mais grave tivesse sido o quadro da doença, mais centímetros de piroca ele poderia ter perdido, afirmam os médicos.
Meu corno e jegue amigo Fernandão, que teve um quadro gravíssimo da doença, que quase foi ter com o capeta antes da hora, deve ter perdido, então, o quê? Uns 10 ou 12 centímetros? Deve estar, hoje, o Fernandão, a ter que se contentar e se conformar com uns modestos vinte centímetros.
E a redução peniana provocada pelo vírus chinês já atingiu também o terreno das artes plásticas. Vejam abaixo, da esquerda para a direita, o Deus-Peru da província de Moche, no Peru, antes e depois do vírus chinês.
E essa situação me lembrou de uma piada, mas só vou contar amanhã ou depois, numa próxima postagem.

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5 Comentários

  1. Ihhhh, rapaz...

    Aqui por onde (sobre)vivo, os casos que soube foram exatamente em pessoas que seguem todos os protocolos,recomendaçoes e têm as
    tais comorbidades mesmo vacinadas (em casos mais recentes).

    Tenho uma atitude proxima a sua (sobre precenção) e até agora, nestes quase 2 anos, zero problema. E que continue assim porque não dá pra perder parte considerável do pouco que tenho.

    Abraço

    Cássio - Recife/PE.

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    1. Pois é, eu também conheço pessoas que adotaram uma atitude até paranoica em relação ao vírus chinês e pegaram a peste. Talvez eu e você estejamos no considerável grupo de pessoas naturalmente imunes, aqueles que pegam o bicho mas ficam assintomáticos. Eu já fiz o tal do PCR, que detecta a presença do vírus naquele momento, mas nunca fiz o de sorologia, que detecta se já fomos infectados em algum momento.
      Mas, por via das dúvidas, o negócio é continuarmos a nos precaver; ainda mais agora, com essa nova sequela.
      E como vão as coisas por aí?
      Abraços.

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  2. Caríssimo, que belo texto, confesso que fiquei curioso quanto a piada, e adiciono ao compatriota de cidade acima que descreveu a situação dele: aqui tá um cu sem pregas, ao menos agora em fevereiro deste ano, pois mesmo com uma parcela da população vacinada, sempre tem aqueles que acabam pegando estando com as 3 doses e alguns até morrendo, então assim, não tá ruim, mas também não tá bom, podendo sempre piorar, claro.

    Abraço, Iron Fist - Recife/PE

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    1. Uma honra tê-lo por aqui. Como já deve ter percebido, não são todas as postagens do Marreta que eu reproduzo lá no Ozzy, só as mais levinhas, as mais lights; não que ele não me dê essa liberdade, mas não quero trazer lhe complicações e aporrinhações do Google.
      Ficou curioso sobre a piada? Ela tá publicada logo na postagem acima, taí o link:
      https://amarretadoazarao.blogspot.com/2022/01/o-sapinho-covid.html
      Abraços

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    2. A honra é toda minha em descobrir um blog de tamanho bom gosto!

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