Homens Ficam Mais Bonitos com Máscaras Antivírus Chinês, revela Pesquisa

Uma importantíssima pesquisa realizada pela Escola de Psicologia da Universidade de Cardiff, no País de Gales, tão vital quanto um tratado ou de pedagogia ou de sociologia ou de psicologia mesmo, promete elucidar novos aspectos da pandemia e, quiçá, até mesmo mudar os rumos da Peste Chinesa.
Esses pesquisadores desocupados descobriram que homens a usar máscaras antivírus chinês são mais atraentes aos olhos femininos, mais desejáveis. 
A pesquisa pediu às mulheres que avaliassem, numa escala de 0 a 10, o  quanto se sentiam atraídas por homens sem máscaras, com máscaras de pano, com máscaras cirúrgicas ou com um livro a ocultar a área da face que seria coberta pela máscara. A maioria da mulherada deu maiores notas para os homens mascarados, principalmente os com máscaras cirúrgicas.
E a enorme abrangência, magnitude e espaço amostral da pesquisa tornam inquestionáveis e irrefutáveis os seus resultados : foram entrevistadas 43 mulheres. Pããããããta que o pariu!!!! Quarenta e três... Método científico Dilma Rousseff, só pode ser. Esta merda não pode ser considerada nem mesmo uma enquete. Sem contar a facilidade em se induzir o resultado da pesquisa. Quem garante que não colocaram um cara feito o George Clooney com máscara cirúrgica e um outro feito eu ou o Jotabê sem máscara? Ou o contrário, a depender do que a pesquisa pretendia "provar"?
De qualquer forma, acredito no resultado, e não vejo nenhum mistério por detrás dele.
Os entendidos em antropologia e demais áreas do comportamento das sociedades humanas preconizam que a percepção humana a respeito do que é belo ou não é multifatorial, não é restrita apenas aos atributos físicos do ser desejado, nem definitiva; ela é fortemente atrelada ao momento histórico em que se vive, à conjuntura de cada época, e, portanto, mutável, podendo transitar de um extremo ao outro em relativamente pouco tempo. Eu, particularmente, não consigo imaginar um contexto histórico onde a Angelina Jolie e o Brad Pitt possam ser considerados feios e repugnantes, mas enfim... são os entendidos a dizer.
Todos já ouvimos várias vezes - eu, pelo menos, já ouvi - que as gordinhas eram o padrão de beleza na Idade Média, que elas eram as tesudas da época, as Giseles Bünchen de então; eram retratadas à exaustão pelos pintores mais badalados de seu tempo, Rubens, Botticelli, Ticiano, que eram mais ou menos o que são os fotógrafos de mulher pelada hoje em dia.
A explicação nos fornecida é que eram tempos de vacas magras, de muita fome e escassez de alimentos. Uma gordinha, portanto, remetia a uma fartura e opulência que a grande maioria da população não possuía, era um tesão que vinha mais até do estômago que dos testículos. Ser gordo era status. Também eram tempos das mais variadas pestes (eram?) e uma boa reserva de gordura, um pezinho de meia energético, assegurava uma resistência e uma longevidade maiores caso a pessoa tivesse de enfrentar uma enfermidade. Em tempos em que a fome e a peste eram as principais causas de morte, as gordinhas tinham maior durabilidade, eram as espécimes mais viáveis para aquela época. Eram, portanto, as mais belas.
Hoje, com a questão da escassez de alimentos resolvida, o foco do desejo mudou, ter refeições regulares à mesa não é mais um símbolo de status, não é mais um raro privilégio. Há alimento mais que suficiente para atender a toda a população planetária, há mesmo superprodução em alguns casos. Os inúmeros bolsões de fome são muito mais uma questão política que de produtividade agrícola.
Hoje, o excesso está a se tornar um problema até maior que a carência. Hoje, as doenças que mais matam são muitas vezes vinculadas à obesidade e não mais à fome - infarto do miocárdio, AVCs, diabetes, entre outras. Automaticamente, o gordo saiu de moda, o magro passou a ser mais atraente, mais desejável. O magro passa a ideia de uma pessoa mais frugal, comedida, mais regrada, mais preocupado em zelar pela saúde, de hábitos e práticas mais saudáveis. E, portanto, menos sujeito a doenças e males súbitos. Hoje, em tempos em que a obesidade mata mais que o famelismo, o magro tem maior prazo de validade, o magro se tornou o espécime mais viável. E, logo, o mais belo.
Mais uma vez, a chave central da questão do que é belo é a viabilidade daquele indivíduo. É a viabilidade que torna um espécime mais bonito e mais atraente que um outro, são as maiores chances de sobreviver e de prosperar naquele meio e naquela época que tornam o indivíduo mais desejável pelos da sua espécie.
O cara pode até achar que só está interessado em dar uma metidinha rápida na gostosa, mas o seu DNA, o tempo todo e sem descanso, está à procura de uma mãe para os filhos que ele nem sabe que quer ter, o seu DNA está à cata de uma fêmea viável para a procriação e continuidade da desgraça humana em cima da Terra. O mesmo vale para a mulher. A empoderada também pode até pensar que está apenas querendo um P.A. (pau amigo) para se divertir e relaxar um pouco. Mas a perseguida não está apenas em busca de um perseguidor que a capture e bem a coma. O seu DNA é um radar a detectar certas características e atributos no macho que indiquem a viabilidade dele, o seu potencial de protetor e provedor, de macho alfa.
Diz aquele velho ditado popular que "quem vê cara, não vê DNA". Ditado dos mais falhos, como quase todos os ditados populares.
Cada época exige um conjunto de atributos que tornará mais viável o espécime que o possui, um conjunto que apenas uma parcela daquela população deterá em sua integralidade, e que passa, assim, a ser o objeto de desejo dos demais. Cada época, enfim, elege um padrão de beleza.
Por isso, digo que acredito no resultado da pesquisa. Por isso, digo que ele seria o mesmo ainda que ela tivesse sido realizada não com 43, mas com 43 mil ou milhões de mulheres. E que digo que ele nada tem de surpreendente.
Vivemos em tempos de Peste Chinesa, de mais uma Peste Chinesa, aliás - a Peste Negra, embora tenha "estourado" na Europa, também é de origem chinesa. Em tempos de vírus chinês, um homem a usar uma máscara transmite a ideia de um sujeito precavido, consciente, que se defende contra a praga amarela, que zela pela sua saúde e pela dos que o rodeiam. Logo, e de novo, é um sujeito potencialmente mais viável, um espécime que viverá mais e melhor que aqueles que se recusam em cobrir as faces, um cara mais confiável para se dar uns beijinhos. 
O mesmo vale para o modelito de máscara que deixa os homens mais sexies (ou sexys?) aos olhos femininos, a cirúrgica. Esse modelo de máscara é dito o mais seguro de todos, o que mais protege o príncipe encantado. Se o cara estiver usando, então, uma N95 valvulada, ele nem precisa ter pinto grande, a mulherada apaixona na hora!!!
Não sei se eu fico mais bonito e atraente com uma máscara antivírus chinês. Para matar a minha curiosidade, a exemplo dos pesquisadores da Universidade de Cardiff, eu também teria de realizar uma pesquisa entre as minhas admiradoras, com resultados estatísticos tão "confiáveis" quanto os dos galeses. E também igualmente inútil e desnecessária. 
Pois eu também sei de antemão o resultado dela : sim, é claro que eu fico muito mais bonito de máscara cirúrgica. Muito mais. Por um simples motivo : ela esconde metade da minha cara! Eu fico metade menos feio. E a parte coberta deixa margens e dá asas à imaginação. Uma mulher pode olhar para mim e imaginar que há um belo nariz, um másculo queixo, uns carnudos lábios e um sorriso sedutor por debaixo da máscara. É bem sabido que a imaginação é o melhor dos afrodisíacos, o mais eficiente dos encharca xanas.
A pesquisa contemplou apenas a percepção das mulheres sobre o quão lhes parecem mais ou menos belos os homens que usam ou não máscaras. Não foi perguntado a nós, passadores de rodo, filhos do Zé Mayer, machos tóxicos das antigas, se as mulheres nos parecem mais ou menos atraentes e pegáveis quando usam ou não máscaras antivírus chinês. Mas acredito que uma pesquisa com o público macho, conosco, os discípulos do Jece Valadão, lograria os mesmos resultados, acredito que os homens também considerem as mulheres com máscaras mais excitantes.
Eu, por exemplo, acho a moça abaixo, a usar corretamente a sua máscara antivírus chinês, uma beleza, uma formosura. Uma delícia!!!

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