Carnaval... o Meu... Inescapável

Autorizado ou não
Lícito ou clandestino
De Momo ou de Baco,
Há um eterno e sacroprofano Carnaval em mim :
Nos salões das minhas entranhas, 
No meu mediastino 
Nos becos de paralelepípedos e lampiões a gás das minhas veias.

Sem hora
Sem data
Sem música
Sem Cinzas
(pois nada nele arde ou queima),
Há um eterno e melancólico
Baile de máscaras em mim :
A rodopiar pelo salão
A flutuar em atmosfera de éter
E a usar máscaras de Veneza
Só um par de mascarados :
Meu coração e meu córtex pré-frontal
Minha alma e meu fígado
Minhas saudades e meu mútuo funerário já quitado.

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