Chegar lúcida, lépida e pimpona aos 95 anos de idade, ocupar o trono do Reino Unido há quase sete décadas - o que a torna detentora do recorde de monarca viva há mais tempo no poder -, ter representado sempre dignamente, sem única mácula ou nódoa em sua trajetória, o outrora glorioso Império Britânico e continuar, ainda hoje, a ser o símbolo magno da maior monarquia do planeta e de uma das mais sólidas economias mundiais, não é para qualquer um. Nem para qualquer uma.
Há de se ser uma Elizabeth II, a Rainha-mãe. Elizabeth II é WASP das antigas. Quiçá descendente direta da linhagem de Arthur Pendagron, o Rei Arthur, aquele que ficava tirando espada de pedra enquanto Sir Lancelot, o Zé Mayer da Távola Redonda, enfiava a dele na rainha.
Porém, além de todos os régios encargos, ter ainda de viver a gerenciar e a apaziguar os inúmeros escândalos, putarias e trapalhadas de outros membros da Família Real, ter de lidar com filho corno, nora biscate etc, é fardo tirano até mesmo para a Rainha.
Aí, não tem jeito. A Rainha é forte, mas não é de ferro. Aí, só tomando mesmo uma boa duma talagada. Ou várias. Para suavizar as agruras dos rígidos protocolos reais, a Rainha também segue um inflexível protocolo de manguaça.
Num dia de trabalho normal, de dia preto na folhinha, a Rainha entorna quatro doses de birita ao longo de seu dia. Já pela manhã, antes mesmo do almoço, a Rainha toma uma dose de gin com dubonnet, um aperitivo doce à base de vinho, ervas, raízes e especiarias com cerca de 15% de álcool. Só para abrir o apetite. Durante o almoço, servido sempre às doze badaladas do Big Ben, a Rainha enxuga uma bela duma taça de vinho. Logo após o almoço, ela encara um dry martini, o drink preferido de James Bond, o agente a serviço secreto de Sua Majestade. Para melhor fazer a digestão. Ao cair da tarde, o famoso Chá das Cinco, certo? Chá das Cinco é o caralho! Que Chá das Cinco é coisa de plebeu! Ao entardecer, a Rainha vai é de uma boa taça de espumante.
De todas essas bebidas, segundo os seus serviçais, o gin é a sua predileta. Tanto que a Rainha já têm há tempos a sua própria marca de gin, o Buckingham Palace Gin, elaborado com ingredientes colhidos diretamente nos jardins do palácio real, como limão siciliano e verbena.
E agora, e por isso o Cerveja-Feira de hoje é dedicado a ela, a Rainha está se lançando no ramo das cervejas artesanais. As cervejas foram criadas a partir da cevada e do lúpulo cultivados nas terras do Palácio de Sandringham, propriedade em que a Rainha costuma passar festividades como o Natal e o Ano-Novo.
São dois rótulos : a Sandringham Best Bitter, com 4,3 por cento de teor alcoólico e produzida
com três tipos de lúpulo, o que lhe confere um maior amargor, e a Sandringham Golden IPA, com cinco por cento de teor alcoólico.
As cervejas da Rainha só serão comercializadas na Inglaterra, nas lojas de souvenirs do Palácio Real, e a garrafa de 500 ml sai pela bagatela de £ 3,99, perto de R$ 30,00.
4 Comentários
Creio que você se confundiu. Na foto, quem está chapando o melão é a avó do Príncipe Charles.
ResponderExcluirRapaz, pode até ser, mas fica assim, mesmo.Pela idade, a Rainha é mãe, avó e bisavó do Príncipe Charles!
ExcluirHahah, boa escolha. Veja só, num lugar turístico, totalmente superfaturado, a cerveja com selo de qualidade real ainda custa menos que muita cerveja especial nacional. Estou cada vez com menos vontade de explorar novos rótulos a preços tão absurdos. Mas agora, deu vontade de ir a Londres pagar 60,00 nas duas ampolas só por curiosidade.
ResponderExcluirTambém pensei nisso. Tem muito cerveja metida a artesanal por aqui que custa bem mais que isso. Sem contar que 4 libras para o britânico, proporcionalmente à média de salários de lá, deve ser o quê?, um real e pouco aqui pra gente? Ou até menos.
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