Cerveja-Feira (39)

Segunda-feira, dia 17/05, foi o Dia Internacional Contra a Homofobia. Neste dia, é crime até contar piada de bicha. Valha-me São Costinha!!!

Em tão festiva e purpurinada data, a cervejaria norte-americana Brooklyn Brewery anunciou o lançamento da cerveja  The Stonewall Inn IPA no Brasil. Rótulo em referência à invasão da polícia norte-americana, seguida de muito cacete (no mau sentido), ao bar gay Stonewall, em 28 de junho de 1969, no bairro do Village, Nova York; evento que deflagrou a luta pelos direitos gays e em cuja data se comemora até hoje O Dia Internacional do  Orgulho Gay.

Uma cerveja artesanal que "tem o objetivo  de promover a conscientização sobre os direitos LGBTQ+ e a importância do respeito às diferenças"; e, claro, encher o cu dos empresários cervejeiros de dinheiro. 

Afinal, nada como unir o útil ao agradável; nada como unir a defesa de uma causa social ao bom e velho capitalismo selvagem. E os gays são alvo dos mais fáceis para a publicidade, público dos mais vulneráveis. Na necessidade e no afã de se sentirem aceitos por todos, de se sentirem representados nos mais diversos setores da sociedade, qualquer produto que imprima o selo LGBT em sua embalagem vende mais do que KY em parada gay.

A cerveja é uma parceria (ops, uma união estável) entre a cervejaria Brooklyn Brewery e o próprio bar Stonewall, que dá nome ao rótulo, e o exitoso enlace vem desde 2016.

Quem nos fala sobre as qualidades e os atributos da cerveja é Mariane Marques, representante da B.B no Brasil : a cerveja possui aroma de casca de frutas cítricas e grapefruit fresca (fresquíssima, diria eu), ideal para harmonizar com tacos (e demais objetos fálicos e robustos), chedDAR forte, molhos PICAntes e frutas troPICAIS.

Do que claramente se infere que é, de fato, uma cerveja para "entendidos", para aqueles que "degustam", para os que gostam de sentir o retrogosto amadeirado...

Tentando atingir, quiçá, outros públicos além do LGBT, Mariane Marques tenta levar a todos para a "irmandade" : "a cerveja foi pensada para agradar a todos os paladares, do iniciante ao mais experiente no consumo dos tipos especiais da bebida".

Rapaz, essa conversa mole pro meu lado é que não. Aqui não tem essa coisa de paladar pra iniciante e avançado, não, de biba nova e biba velha. Eu tomo cerveja! Mas não escorrego na ampola! Não danço na boquinha da garrafa! 

E o preço é de arrombar as pregas : R$ 14,90 por uma latinha de 350 ml. Por esse preço, eu compro um fardo de Lokal!!!

E aí, Mr. F? E aí, Marat? Vão encarar uma dessa?

Eu, de minha parte, vou agora mesmo pro buteco do Renatão. Sentar com os aposentados das antigas do bairro, pedir uma Antarctica, que sempre foi cerveja de pedreiro, ficar na mesa coçando o saco e assobiando para as gostosas que passam pela calçada!

Pããããããããta que o pariu!!!!