Durmam Bem, Meninas, Durmam Bem...

Uma vez
Que não posso foder
Carnes novas 
(e que esse "não posso"
não se dá por falta de querência ou de potência
mas sim por não dever
por ser prudente
por cagaço),
Escrevo -
A caneta
Fálica substituta em riste -
Poemas.
 
Poemas para as minhas paixões escusas,
Para todas as minhas musas,
De todas as mitologias
E de todos os alfabetos.
De gregas e sumérias,
De nórdicas e astecas,
De alfa a "zê",
De "a" a ômega.
 
Meus poemas
Não são a rola dura
À qual elas fazem tanto jus
E gosto
(são o que posso lhes oferecer; nem elas nem eu satisfeitos).
São acalantos de ninar e de apagar incêndios
São beijinhos de boa-noite
Em suas peraltas
E insones bucetinhas.
 
Durmam bem, meninas...
Durmam bem...
 
(eu não dormirei)

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